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Funed vai monitorar variantes do coronavírus que circulam no país

Redação8 de fevereiro de 20215min0
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Laboratório de Minas Gerais é um dos quatro que vão acompanhar a evolução do vírus no Brasil; pesquisadores em BH iniciam nesta semana sequenciamento de 300 amostras

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) começa, nesta semana, o sequenciamento de 300 amostras do novo coronavírus coletadas de testes nasais realizados em diversos Estados. O objetivo é observar, a cada semana, a evolução do vírus e o possível surgimento de novas linhagens, como ocorreu em Manaus (AM), onde uma mutação do novo coronavírus se mostrou mais transmissível, de acordo com alguns estudos iniciais.

“Nesse protocolo (do Ministério da Saúde) devemos trabalhar 12 semanas, acompanhando quais tipos de vírus estão circulando, quais são as novas linhagens, onde estão circulando”, explica Felipe Iani, coordenador do Serviço de Virologia e Riquetsioses da Funed.

“Isso vai auxiliar para ver se os protocolos de diagnósticos e vacinação ainda captam todas essas possíveis novas variantes, se ainda são eficazes. O sequenciamento nos dá essa oportunidade e ferramenta”, complementa o pesquisador.

Segundo Iani, a Funed já havia realizado anteriormente vários sequenciamentos de vírus, inclusive alguns do coronavírus, mas no fim do ano passado, os estudos coincidiram com este projeto do Ministério da Saúde. “Era pra começar em novembro, mas os reagentes chegaram agora, e semana que vem começamos”, disse na última quarta-feira.

“O que tínhamos feito antes para Covid é muito preliminar. Até então, não conseguíamos identificar muita coisa. No início estava tudo muito similar. Agora, com o passar do tempo, já sabemos que temos mais linhagens”, contou o pesquisador.

“Chegamos a tal ponto na pandemia que, como o vírus espalhou pelo mundo, não adianta agora saber de onde veio, já existem muitos estudos do vírus original, mas com o sequenciamento você descobre novas linhagens no Brasil. Dá para saber se veio do Brasil ou Portugal, por exemplo, isso pode ajudar a saber quem fecha fronteira para quem”, explicou Iani.

O pesquisador ressaltou que a importância desse sequenciamento é que ele será feito em tempo real. “Vamos sequenciar toda semana e acompanhar a evolução do vírus com esses dados. Vão ser 1.200 amostras, cada centro irá ficar responsável pelo sequenciamento de 300 amostras de diferentes Estados”, contou. Segundo ele, as amostras foram coletadas a partir de testes nasais desde o dia 15 de novembro.

Procurado, o Ministério da Saúde informou que, além da Funed, os sequenciamentos estão a cargo dos três Centros de Referência de Influenza no Brasil: a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz, no RJ), o Instituto Adolfo Lutz (SP) e o Instituto Evandro Chagas (PA). Além desses, outros laboratórios públicos e privados, no Brasil, também realizam sequenciamento em suas linhas de pesquisa.

Expectativa. 

Outras doenças. Essa vigilância de genoma poderá, no futuro, ser aplicada à dengue, à febre amarela e ao zika vírus. “Ai vamos poder monitorar em tempo real”, espera Felipe Iani.

Brasil tem 38 casos de mutação oriunda do Amazonas
Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, foram confirmados 38 casos pela nova variante P1 no Brasil, sendo 31 no Amazonas, 2 no Pará e 5 no Estado de São Paulo. No dia 2 de fevereiro, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica aos Estados e Distrito Federal sobre a nova variante do novo coronavírus identificada no Brasil.

O documento informou sobre as características da nova variante do Amazonas (P.1), as orientações e as recomendações de medidas a serem adotadas e intensificadas, a fim de monitorar e evitar a propagação da nova variante.

A nota também informou as medidas já adotadas para ampliar, de forma emergencial, a capacidade de realização de sequenciamento genético no país e realização de estudo de monitoramento da propagação e da mutabilidade genética do vírus.

Até então, sabia-se de duas principais linhagens circulando no Brasil, desde fevereiro de 2020: 35% B.1.1.33 (1.033) e 32% B.1.1.28 (925), ambas sem alterações significavas na proteína Spike (S) – que é responsável pela infecção, ou seja, pela entrada do vírus no organismo humano.

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