Qualidade da macadamia de Muzambinho chama a atenção do mercado internacional

O engenheiro eletricista, mora em Ribeirão Preto, mas aceitou desafio e acreditou que as terras mineiras de Muzambinho podiam produzir macadamia, Há nove anos plantou o pomar. As mudas são preparadas por um viveiro certificado, precisam ser enxertadas para garantir um tamanho e uma casca mais fina, que é uma exigência do mercado comprador.

“A adaptação ao clima do sul de minas foi tão positiva que conseguimos ter a safra principal de janeiro a maio e um safrinha no segundo semestre, “explica Florentino.

A plantação começou no meio da lavoura de café, com o passar do tempo o produtor viu que o melhor era erradicar o café e seguir com o pomar, “a colheita do café com a máquina quebrava as pontas das árvores, como a lavoura de café era um pouco antiga, resolvi ficar só com a nós. Resistente a geada e com um custo menor depois que esta formada, aconselho quem for fazer o consorcio que inicie as duas lavouras juntas, em lavouras de café ja formada o trato cultural do café danifica as árvores,” disse o produtor.

Para a diretora de agricultura do município “ estamos buscando alternativas para os pequenos produtores, como o mercado da macadamia é crescente percebemos que é um investimento viável para nossa região”

A engenheira agrônoma do sindicato dos trabalhadores rurais, Hellem Almeida “ há linhas de financiamento para o pequeno produtor através do Pronaf, disse.

A noz macadâmia produzida em Muzambinho tem destino certo, o mercado chines. Leonel Espejo, comprador chileno já conhece a qualidade da produção. O chinês gosta de quebrar a castanha na mesa, como fazemos aqui com os caranguejos, então a casca precisa ser fina e dentro uma graúda polpa, o que temos conseguido com os produtores de Muzambinho.

A macadâmia tem se mostrado uma alternativa econômica viável na região, principalmente por empregar a mão de obra que fica ociosa após a colheita do café, explica Florentino.

Colaboração: Valéria Vilela