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MG: Faixa etária mais populosa desafia próxima fase da vacinação contra Covid

Redação20 de julho de 20218min0
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'Trintões' formam camada com maior números de habitantes no Estado; veja os gráficos

Passados seis meses desde o início da vacinação contra a Covid-19 em Minas Gerais, cerca de 7,6 milhões de mineiros acima dos 18 anos de idade (46,6%) ainda não receberam nem a primeira dose, e 13,2 milhões (80,4%) não estão completamente imunizados, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES). A promessa do governo de Minas é que toda a população adulta seja alcançada com pelo menos uma dose até setembro, mas a distribuição para as próximas faixas etárias será mais desafiadora a partir de agora.

De acordo com as estimativas mais recentes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Ministério da Saúde, os mineiros na casa dos 30 aos 39 anos de idade compõem a camada mais populosa do Estado. Os próximos grupos a serem vacinados, de entre 35 e 39 anos (1,69 milhão de pessoas) e dos 30 aos 34 (1,71 milhão) representam, cada um, mais do que o dobro na comparação com a faixa dos 65 aos 69 anos, sendo este o maior conjunto de pessoas já imunizadas com as duas doses da vacina em números absolutos.

Na sequência da “fila”, o Estado ainda reúne 1,7 milhão de residentes com entre 25 e 29 anos de idade e mais 1,69 milhão na faixa dos 20 aos 24. “Demorar a vacinar os mais jovem significa uma janela de oportunidade para uma nova variante. As pessoas mais jovens circulam mais, não respeitam tanto as medidas de restrição e têm menos cuidados”, alerta o infectologista Adelino de Melo Freire.

Até o momento, de acordo com a secretaria estadual, 53,4% da população maior de 18 anos em Minas Gerais, ou 8.753.412 pessoas, receberam a proteção parcial contra o novo coronavírus. E o total de imunizados com duas doses ou dose única é de 3.211.340 mineiros, ou 19,6% dos adultos. Considerando-se a parcela abaixo dos 65 anos de idade, porém, apenas 6,7% da população mineira já completou o esquema vacinal.

“Os países que já estão com grande taxa da contaminação da [variante] Delta estão com uma grande parte da sua população vacinada. Por isso, eles têm um aumento de casos, mas não de mortes. O mesmo pode não acontecer em países com menor cobertura vacinal, como o Brasil”, completa Freire.

O estudante Rafael Junqueira tem 18 anos e sabe que tem muita gente ainda na fila da vacinação antes de chegar a sua vez. “Fico sem perspectiva. É difícil fazer plano de vestibular, tirar a carteira, conseguir um estágio. Sinto que meu tempo está perdido”, desabafa o jovem.

“O ideal seria que todas as pessoas já estivessem vacinadas, mas foi preciso fazer escolhas pensando na saúde coletiva. A população de 20 a 40 anos costuma desenvolver formas mais leves e assintomáticas, embora se exponha mais e por isso também transmita mais”, destaca o médico infectologista Guilherme Lima.

Indicadores mostram benefícios

Em seis meses de vacinação, a média de internações por Covid-19 nas UTIs em Minas Gerais diminuiu 71,2%. De acordo com a Secretária de Estado de Saúde (SES), o número de óbitos da doença diminuiu 44%, e a taxa de contaminação, 14%. Em Belo Horizonte, segundo a prefeitura, a vacinação também já começou a surtir efeito. A média de idade de pacientes internados pela doença nos hospitais do município passou de 60 anos, antes do início da vacinação, para 49 anos.

Segundo a Diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da SES, Marcela Ferraz, a expectativa do Estado é que até dezembro toda população adulta tenha o esquema vacinal completado com as duas doses da vacina. “Considerando a previsão do início da vacinação da população na faixa etária de 18 a 24 anos para o mês de setembro, esperamos que cerca de três meses após toda a população tenha recebido a segunda dose da vacina”, destacou a diretora, ressaltando que é fundamental que o Ministério da Saúde cumpra o cronograma de repasse de vacinas aos Estados para que o calendário não sofra alterações.

“A cada remessa de vacinas recebida, a Secretaria tem priorizado a distribuição das doses para as Unidades Regionais de Saúde, com o menor tempo possível de armazenagem. A cada operação a organização das rotas prevê a distribuição das vacinas por via terrestre ou aérea com o intuito de minimizar o tempo de deslocamento. Outro ponto é a atuação das equipes da Rede de Frio Estadual bem como das equipes regionais que atuam mesmo aos finais de semana, no processo de recebimento, separação e envio das doses aos territórios”, completa Marcela.

Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que abriu postos extras, pontos de drive-thru, contratou profissionais exclusivamente para a campanha e tem mantido o funcionamento da vacinação durante a semana, feriados e sábados. No entanto, a PBH destacou que, para a ampliação e aceleração da vacinação no município, é imprescindível que novas remessas sejam enviadas.

O Ministério da Saúde, por sua vez, informou que para este mês está prevista a chegada de mais de 40 milhões de doses de vacinas.

Levantamento

A análise da vacinação por faixa etária em Minas Gerais realizada por O TEMPO levou em conta os registros lançados pelas unidades de saúde e prefeituras no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e as projeções populacionais mais recentes feitas pelo IBGE. Há de se levar em conta o atraso na inserção das fichas de vacinação, pois a maioria das cidades demora entre três e dez dias para atualizar as informações. Além disso, o último Censo foi realizado há 11 anos, em 2010, e por isso as projeções populacionais mais recentes podem conter imprecisões.

Fonte: O Tempo

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