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Variante Delta pode ser motivo para alta de casos de Covid em Minas

Redação12 de agosto de 20217min0
Região passa por alta de casos e internações desde o fim de julho

Desde o final de julho, o Triângulo Mineiro viu a curva epidemiológica da Covid mudar de rumo. Os casos da doença vinham caindo desde junho, mas voltaram a subir na região, pressionando novamente o sistema de saúde. No dia 4 deste mês, Uberlândia chegou a ficar com 100% dos leitos de UTI Covid ocupados. Esse recrudescimento da pandemia poderia ser reflexo da chegada da variante delta à região?

Embora nenhum caso tenha sido detectado em análises genômicas de amostras de pacientes da região, especialistas dizem que existe a possibilidade de a delta ser o motivo para o aumento de infectados no Triângulo Mineiro. Até o momento, foram confirmados 11 casos da variante em Minas – nas cidades de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Virginópolis, Itabirito, Montes Claros, Unaí, Divino e Carangola. Mas vale lembrar que 91 ocorrências da variante foram detectadas em São Paulo e oito em Goiás, Estados que fazem fronteira com a região.

“Tudo leva a crer que é uma nova variante do vírus (provocando aumento de casos na região). Há possibilidade de ser outra varian- te, mas se é delta ou outra, não sabemos”, afirmou o secretário de Saúde de Uberlândia, Gladstone Rodrigues da Cunha Filho. Segundo ele, a população deve continuar mantendo os cuidados, “mesmo que a pessoa já tenha sido vacinada ou já tenha tido a doença, e acha que tem uma imunidade natural”.

Epidemiologista e professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Stefan Vilges de Oliveira afirma que existe uma provável circulação da variante delta na região.

Mas essa não é a única hipótese para o recrudescimento da Covid. “Pode haver uma negligência da população, que por estar par- cialmente vacinada sente-se protegida, favorecendo assim a propagação da infecção”, diz o especialista.

Mais exames

Em Ituiutaba, onde a ocupação de leitos foi alta ao longo de praticamente toda a pandemia, também houve aumento de casos e internações. A administração municipal considera a possibilidade de a variante delta es- tar circulando pela região e aumentou a coleta de exames RT-PCR (molecular) para ter mais amostras que possam ser analisadas geneticamente.

A ocupação está acima de 95%, mas a prefeitura diz que hoje é mais fácil realocar pacientes para outras regiões vizinhas que estão menos pressionadas. No entanto, o Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta que quando mais de 80% das vagas de UTI estão ocupadas, a assistência aos casos graves da Covid está na zona de alerta crítico.

No país, o momento mais delicado foi quando 25 unidades federativas chegaram, simultaneamente, a registrar mais de 80% de ocupação dos leitos em 15 de março. Com o avanço da vacinação, no entanto, o Brasil vive o melhor momento de ocupação de leitos da Covid desde o início da pandemia.

Gama ainda é predominante

Coordenador do Laboratório de Biologia Inte- grativa (LBI) da UFMG, um dos responsáveis pelo mapeamento das variantes em Minas, o pesquisador Renan Pedra afirma que existe a possibilidade de a variante delta estar circulando pelo Estado, mas que esse cenário não é tão provável.

“A delta é muito transmissível, mas a gama (P.1) é muito predominante no Triângulo Mineiro. Ainda não sabemos como vai ser quando a delta chegar em um lugar tomado pela gama”, afirma o pesquisador. Segundo ele, há um monitoramento para ver se a varian- te está agindo na região de Uberaba.

Pedra acredita que outros fatores podem ter provocado o aumento de casos no
Triângulo, como as férias es- colares, por exemplo. Ele reforça ainda que, mesmo que a delta se espalhe pelo Brasil, não deve ser tão devastadora quanto foi a gama, por- que boa parcela da população está vacinada. “O maisimportante é que a vacinação segura o número de casos mais graves. Nos Estados Unidos, onde a delta predomina hoje, há um gráfico de aumento de casos, mas o número de mortes continua num patamar mais baixo”.

Análises

A Secretaria de Estado de Saúde informa que tem realizado vigilância genômica com um monitoramento rigoroso dos casos suspeitos da variante, em parceria com a UFMG e a Fundação Ezequiel Dias (Funed). “Semanalmente estão sendo analisadas 180 amostras aleatórias coletadas em diversas regiões de saúde, incluindo as do Triângulo Mineiro”, diz a pasta por nota.

Mais transmissível

Identificada inicialmente na Índia, em dezembro do ano passado, a variante delta é responsável pelo aumento de casos de Covid em muitos países, inclusive naqueles com bons índices de vacinação, como França e Israel. Relatório do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos indica que a delta é tão transmissível quanto o vírus da catapora.

Fonte: O Tempo

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