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Campanha da Multivacinação começa na próxima semana, mas ainda não foi divulgada

Redação24 de setembro de 20217min0
Vacina3doses
Até o momento, Ministério da Saúde não fez qualquer divulgação da campanha que visa atualizar cadernetas de vacinação de crianças. Dia D acontece no dia 2 de outubro

A Campanha Nacional de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Vacinação está marcada para acontecer em todo o mês de outubro e o tradicional Dia D está agendado para o primeiro sábado do mês (2). Mas faltando apenas uma semana para a campanha, até agora a população não foi informada sobre o assunto.

Até esta sexta-feira (24), não havia qualquer menção sobre o assunto no site ou nas redes sociais no Ministério da Saúde. A campanha acontece anualmente para atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade. Tradicionalmente, há uma grande mobilização em todo o país para vacinação no Dia D, quando a população tem acesso a horários mais flexíveis para imunizar as crianças.

A questão é que, enquanto o país avança bem na imunização contra a Covid, a cobertura vacinal para outras doenças está muito baixa. “A gente fala de Covid há tanto tempo, e a vacinação de outras doenças está sendo deixada de lado. Para febre amarela, sarampo, poliomielite nós temos uma cobertura vacinal muito baixa. Tivemos algumas endemias de febre amarela no Estado, e febre amarela tem uma letalidade de quase 100%, e é uma doença que tem uma vacina eficaz disponível”, afirmou o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, durante coletiva nesta quinta-feira (23).

Para o epidemiologista José Cássio de Moraes, um dos principais especialistas sobre vacinação no país, a situação é grave e algumas doenças podem voltar a circular entre os brasileiros por baixa cobertura vacinal. “O sarampo vai voltar a aparecer. Não aconteceu ainda porque muitas pessoas ficaram em casa durante a pandemia. O vírus do sarampo é muito mais transmissível do que da Covide sua vacina é uma das melhores que temos, pois elimina a transmissão e tem longa duração”, explica.

Para ele, o ponto crucial para que o Brasil volte a ter ótimos índices de cobertura vacinal é uma comunicação social de qualidade, que mostre para a população os benefícios dos imunizantes. Moraes conta que o país foi extremamente bem-sucedido na campanha de vacinação contra a poliomielite porque houve grande investimento em publicidade.

Hoje, embora haja mais canais de comunicação para alcançar os cidadãos, a informação de qualidade não está chegando de forma ampla a todos brasileiros. “Como combater fake News, quando não se divulga informações de qualidade? Temos que sair da comunicação social do século 19, que era de boca a boca. Temos que evoluir para o século 21 e temos muitos meios para levar boa informação para a população”, diz Moraes, que lidera um estudo sobre como está a cobertura vacinal nas capitais e por que a cobertura vem caindo.

Flávio Fonseca, pesquisador do CT-Vacinas e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, faz coro a Moraes. Segundo ele, é fundamental oferecer informação de qualidade para a população, especialmente em um momento em que os brasileiros estão polarizados politicamente.

“Quando o poder público se omite, as pessoas acabam acessando informações incorretas”, afirma o pesquisador, lembrando que os cientistas acabaram tomando o papel de levar as melhores informações à população, especialmente sobre a segurança das vacinas. “Durante a pandemia, vimos que antes era muito fácil para os cientistas ficarem em sua zona de conforto, trabalhando em congressos e comunicando para seus pares. Mas existe um vácuo e informação e alguém tem que ocupá-lo. Tivemos que nos levantar e falar com a população”.

Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre a publicidade da Campanha de Multivacinação ou do Dia D. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) afirmou que está aguardando uma confirmação do ministério sobre a data da Campanha de Multivacinação.

Mesmo assim, a pasta tem um informe técnico da Campanha Nacional de Multivacinação. De acordo com o documento, as orientações repassadas aos municípios têm o objetivo de evitar aglomerações na sala de espera.

A secretaria recomenda utilizar espaços ao ar livre ou ventilados e observar a recomendação de distanciamento social dentro da instalação, sala ou posto de vacinação.

Para os vacinadores, as recomendações são:

– Realizar a higiene das mãos com frequência;

– Não usar o celular durante o atendimento aos usuários. Em caso de extrema necessidade de utilização, limpar o celular de forma adequada;

– Caso apresente sintomas como tosse ou febre, não deverá comparecer ao trabalho e deverá buscar atenção médica, além de comunicar a chefia imediata para o rastreamento dos contatos no ambiente de trabalho;

– Monitorar os estoques de vacinas e insumos, assim como o funcionamento da cadeia de frio: comunicar às instâncias superiores sempre de acordo com o fluxo pré-determinado pelo PNI.

Fonte: O Tempo

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