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Anvisa aprova Coronavac para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos

Redação20 de janeiro de 20226min0
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Por unanimidade, diretores da agência levou em consideração estudos realizados pelo Instituto Butantan e países que já aplicam o imunizante nesse grupo

Por unanimidade, os diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quinta-feira (20), a distribuição da vacina Coronavac, desenvolvida em parceria pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac, para crianças e adolescentes com idades entre 6 e 17 anos, com exceção dos imunossuprimidos.

Em reunião virtual, a Anvisa analisou o pedido feito pelo Butantan de uso emergencial do imunizante, mas isso não significa que a vacina é experimental, um argumento falso utilizado frequentemente por grupos negacionistas e anti-vacina.

“Todas as vacinas em uso no Brasil passaram pelas etapas clínicas necessárias para autorização da Anvisa. Não há nenhuma vacina experimental sendo aplicada na histórica campanha de vacinação do Brasil. Reforço que as pessoas não são cobaias”, enfatizou a diretora Meiruze Sousa Freitas, relatora do pedido de liberação da vacina da Coronavac.

Para fundamentar a decisão, os diretores recorreram aos estudos realizados pelo Instituto Butantan e de países, como Chile e China, que já aplicam o imunizante e demonstraram a eficácia e segurança da Coronavac para crianças e adolescentes.

O pedido do Butantan era de liberação da vacina para crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, mas com base nos estudos científicos desenvolvidos pela correlata à Anvisa do Chile com as crianças a partir dos 6 anos, a agência brasileira optou por aumentar a faixa etária.

A liberação da Anvisa atende à emergência sanitária vivenciada pelas crianças e seus familiares desde o início da pandemia do coronavírus. Logo na abertura da reunião, o presidente da agência, Antônio Barra Torres, fez duras críticas aos anti-vacina.

“Eu gostaria de saber o que as pessoas disseminadoras de fake news vão fazer com os números de mais de 70% de aumento de internação de crianças em UTI no dia de hoje. Será que os disseminadores de fake news vão noticiar isso também?”, provocou Barra Torres.

Em seguida, acrescentou: “Penso que não. Infelizmente não vão noticiar isso porque não interessa ao disseminador de fake news”.

Vacinas prontas para distribuição

Uma diferença importante em relação à vacina pediátrica da Pfizer para o público de 5 a 11 anos é que a da Coronavac, produzida pelo Butantan, é a mesma usada em adultos e crianças. O intervalo entre a primeira e segunda doses é de duas a quatro semanas.

O Butantan informou que já possui 15 milhões de doses dessa vacina prontas para distribuição. Por sua vez, o governo de São Paulo adiantou, segundo a revista Exame, que 10 milhões desse montante serão imediatamente usados na população local.

O restante poderá compor o Programa Nacional de Vacinação contra a Covid-19, mas depende de um contrato com o Ministério da Saúde, o que ainda não foi feito.

Governo comprou doses insuficientes

Com atraso, o governo federal comprou da Pfizer 20 milhões de vacinas pediátricas, previstas para chegar ao Brasil em pequenos lotes até fins de março.

Essa quantidade é insuficiente para o número total de crianças estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cujo cálculo mais recente é de 20,5 milhões de crianças com idade entre 5 e 11 anos no país.

A compra também não é suficiente para a segunda dose do imunizante, que deve ser aplicada em oito semanas após a primeira dose.

“Em que pese a Anvisa ter registrado a vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos, essa vacina ainda não está disponível no Brasil em quantidade suficiente para atender à demanda no primeiro trimestre de 2022 para vacinar cerca de 20 milhões de crianças com as duas doses previstas na bula”, reiterou Meiruze Sousa Freitas.

Quase um mês depois da aprovação da vacina da Pfizer pela Anvisa, durante a coletiva de imprensa em que comunicou a inclusão das crianças no programa nacional de imunização, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a compra de mais vacinas vai depender da adesão dos pais, já apostando na anti-campanha.

“Não sabemos ainda qual será a taxa de adesão dos pais a essa vacinação. Os pedidos dependem dessa velocidade da vacinação e também da capacidade de entrega das vacinas pela indústria”, disse o ministro.

Fonte: O Tempo

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