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Chuvas em MG e restrições chinesas reduzem produção e faturamento da mineração

Redação26 de abril de 20226min0
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Ibram apresentou os dados do desempenho do setor, entre janeiro e março deste ano, com uma queda de 20% na arrecadação oriunda do minério no Brasil

O setor de mineração no Brasil registrou queda de 13% na produção e redução de 20% no faturamento ao final do primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2021. Foram arrecadados R$56,2 bilhões, decorrentes de uma produção de 200 toneladas.

Em coletiva à imprensa, realizada na manhã desta terça-feira (26), o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) apresentou os números e atribuiu a retração à diminuição de importações da China – principal parceiro comercial para a mineração -, e ao volume de chuvas em Minas Gerais entre o final de 2021 e início de 2022.

O volume acentuado de precipitações desacelerou o trabalho nas minas do estado, que é o segundo maior produtor mineral do país ficando atrás do Pará. Mesmo com o problema, Minas Gerais foi responsável por um faturamento de R$20,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano, resultado inferior aos R$28 bilhões arrecadados em 2021. No Pará, a arrecadação chegou a R$22,8 bilhões nos primeiros três meses do ano.

Dados do Ibram apontam que entre janeiro e março o governo chinês reduziu, em 12%, o volume de minerais importados do Brasil. A restrição resultou em uma queda de 31% nos valores vindos de Pequim, segundo o instituto. De acordo com o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, os chineses reduziram as importações dentro da medida de controle de preços feita no país.

A postura também é resultado da queda na produção de aço em siderúrgicas chinesas ocasionada pelas medidas de controle de qualidade do ar que foram impostas para garantir melhorias ambientais para a realização dos Jogos Olímpicos de Inverno.

“Quando a China promove alguma mudança na condução de suas políticas, a indústria mineral brasileira fica à mercê. Precisamos refletir se esta dependência não está em níveis excessivos”, analisou Jugnmann. Entre os minerais que tiveram as principais quedas de exportações para a China estão o Caulim, Cobre e Ferro.

“Isso engata em uma análise que se faz necessária, que é da necessidade de diversidade em termos de produção mineral. Temos grande concentração de minério de ferro, 70% de toda a produção. E quando temos redução de produção e exportações, vai refletir no faturamento e na participação do setor mineral na balança comercial”, acrescentou.

No 1º trimestre, o minério de ferro respondeu por 58% do faturamento de toda a indústria da mineração Também foi responsável por 95% das exportações, em toneladas, e por 68% da arrecadação, garante o Ibram que projeta melhores resultados, para o setor, até o final do ano.

“É muito difícil fazer previsão, mas estamos esperando um faturamento próximo ou superior ao do ano passado”, disse o diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do instituto, Júlio Nery. Em 2021, o faturamento total das mineradoras no Brasil totalizou R$339 bilhões, 62% a mais que os R$209 bilhões de 2020.

Críticas 

Durante a coletiva, o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, também criticou a falta de investimentos na Agência Nacional de Mineração (ANM). Ele denunciou problemas organizacionais e tecnológicos. “Uma agência de regulação forte, evidentemente que fortalece as condições de atuação das empresas. Mas infelizmente não tem sido verificado no orçamento da agência a destinação de recursos na parte dos royalties de mineração gerando uma precariedade e não por culpa da ANM em sua prestação de serviços”, afirmou Jungmann.

Investimentos 

Durante a entrevista, o Ibram também anunciou que houve redução na previsão de investimentos em mineração para o período de 2022 a 2026 no Brasil. Inicialmente estava previsto um investimento de US$41,3 bilhões, mas o valor foi atualizado para US$40,44 bilhões. “Nós tivemos a conclusão de alguns projetos no ano passado, mas a gente vê sim um movimento de empresas querendo se instalar no Brasil”, destacou Julio Nery.

Atualmente, dentre os investimentos em execução, Minas Gerais concentra a maioria dos aportes, 27%, que serão destinados para a descaracterização de barragens a montante. A Bahia ocupa a segunda colocação, com 15%, e o Pará fica em terceiro lugar com 11% dos investimentos.

Aplicativo 

Outro anúncio feito durante a coletiva foi o lançamento, entre junho e julho deste ano, de um aplicativo que vai apresentar à população informações atualizadas sobre a situação de barragens de mineração. A plataforma vai trazer dados como as dimensões das Zonas de Autossalvamento e Zonas de Segurança Secundária.

Fonte: O Tempo

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