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COVID: Minas negociará com Governo Federal a ampliação da quarta dose

Redação26 de maio de 20224min0
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Devido à validade dos imunizantes em estoque, Estado busca ampliar o público-alvo, tendo em vista o tempo de aplicação da terceira dose

Minas Gerais pretende ampliar o grupo de pessoas que podem receber a quarta dose ou segunda dose de reforço. A medida está associada à perda da validade da vacina contra COVID-19, estocada pelo Governo Federal, e, por isso, negociará com o Ministério da Saúde.

A informação é do secretário de Saúde do estado, médico Fábio Baccheretti, durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (26/5).

“O Governo Federal liberou a segunda dose de reforço para pessoas com mais de 80 anos, e Minas, que tinha estoque de vacina, reduziu essa cobertura para 60 anos. Hoje, levaremos para  resolução do Ministério da Saúde a utilização das vacinas, a fim de ampliar o público-alvo, tendo em vista o tempo da terceira dose”, afirmou.

A negociação é importante, pois, segundo Baccheretti, o estado não tem a quantidade de vacinas necessárias para que a ampliação ocorra. “Existe um risco a médio prazo de as vacinas que estão com o Governo Federal perderem a sua validade e, por isso, estamos tentando convencê-lo da importância de ampliar a quarta dose”, explicou.

O secretário destacou que, conforme os estudos ligados à vacina contra COVID-19, a terceira dose (ou primeira de reforço) para pessoas que não são imunocomprometidas ou não têm mais de 60 anos, é eficaz na proteção. “Não há perda de imunidade a curto prazo e, desse modo, essa população está protegida. Porém, acreditamos que a quarta dose fará diferença”, informou.

Número de casos aumenta, mas o de mortes segue estável

Além disso, segundo Baccheretti, apesar de o número de pessoas infectadas com a doença ter voltado a subir em Minas Gerais, o número de mortes no estado continua baixo em relação aos cidadãos contaminados, sendo que 752 municípios mineiros estão há 30 dias sem morte por COVID-19.

O secretário afirma que o cenário já era esperado, uma vez que a doença terá caráter sazonal, e em épocas mais frias como o outono e inverno o risco de doenças respiratórias é maior. “A COVID-19 vai aumentar. O que estamos observando agora nada mais é do que o esperado. Não há cepas novas, não é um momento de fragilidade vacinal da população”, destaca o médico.

Ainda de acordo com Baccheretti, algumas regiões do estado têm apresentado maiores índices de casos de contaminação do coronavírus do que outros, como no caso de Uberaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Ainda assim, o secretário prevê um momento de estabilização na região, com tendência a diminuir.

Atualmente, Minas tem 60 casos para cada 100 mil habitantes, com base nos dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). “Muito baixo se comparado ao que vivenciamos em janeiro e fevereiro deste ano”, destaca Baccheretti.

Fonte: Estado de Minas

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