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Covid: o que são o spray nasal e a nova geração de vacinas contra a Covid?

Redação6 de junho de 20226min0
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Alternativas de imunizantes em desenvolvimento buscam barrar a infecção ou proteger contra mais variantes do coronavírus

Desenvolvidas em tempo recorde e com resultados que fizeram o número de mortes por Covid-19 no Brasil e no mundo diminuírem drasticamente, as primeiras vacinas contra o vírus — como a Coronavac e as opções da Pfizer e da AstraZeneca — são consideradas um sucesso. Mas a comunidade científica ainda aguarda uma nova geração de imunizantes, capaz de fazer o que essa não fez: barrar a transmissão do vírus e impedir até os casos mais leves da infecção. Na corrida por esse desenvolvimento, entram desde grandes fabricantes a um spray nasal brasileiro, que pretende aumentar a proteção contra o vírus sem sequer precisar de injeção.

“Foram feitos enormes avanços e a importância das vacinas está mais do que provada, mas talvez seja hora de testarmos mecanismos diferentes para alcançar um nível de proteção mais duradouro. Na medida em que já temos vacinas que servem como padrão para aquela doença, as pesquisas têm que gerar não só dados iniciais, mas em comparação às anteriores”, explica a professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Ana Paula Fernandes, uma das coordenadoras do CT-Vacinas, que desenvolve uma vacina nacional que busca, justamente, aumentar a memória imunológica do corpo contra o vírus, independentemente de novas variantes.

Na última semana, o Ministério da Saúde autorizou a aplicação da quarta dose de vacina contra a Covid-19, o segundo reforço, na população acima de 50 anos. Não há, ainda, previsão de incluir a população mais jovem na nova fase da campanha. Por enquanto, as vacinas utilizadas no reforço são as mesmas das primeiras doses e somente repõem parte da imunidade que diminui com o tempo.

Com as constantes mutações do coronavírus, não há horizonte para que os reforços deixem de ser necessários periodicamente, por isso seria necessária uma vacina adaptada para combater partes do vírus com menor variação, por exemplo.

O que é a vacina de spray nasal?

Com novas tecnologias, também há esperança de que o jogo vire e seja possível barrar a infecção desde o começo. É aí que entra a vacina de spray nasal, desenvolvida em uma parceria entre pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), da Universidade de São Paulo (USP), e do Instituto do Coração (InCor).

Ela mira células do trato respiratório, atravessando a mucosa do nariz e aumentando a defesa do organismo bem no ponto de entrada do vírus no corpo, o que poderia impedir a infecção e a transmissão, explicam os autores do estudo. Ele teve resultados promissores nos testes com animais, mas a opção ainda não é testada em humanos nos chamados testes clínicos.

“Nosso sistema imune tem dois caminhos: temos a imunidade humoral, que depende dos anticorpos, e a imunidade celular, que depende de uma resposta das nossas células de memória. Então, mesmo que o tempo passe os anticorpos diminuam a imunidade humoral, se eu tiver memória imunológica, quando for exposta àquele agente meu sistema celular fará de novo a proteção. Os jovens ainda não estão precisando da quarta dose porque a resposta imune celular está dando conta do recado, mas, por outro lado, o vírus está mudando mais rápido do que as nossas vacinas”, conclui Rosana Richtmann, infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Por que a dose de reforço ainda é necessária, mesmo com as vacinas tradicionais?

Enquanto a promessa de uma nova geração de vacinas não se cumpre, os imunizantes utilizados até então continuam sendo uma das maiores medidas de contenção da pandemia. A pós-doutoranda em bioquímica Mellanie Fontes-Dutra explica que não foi descoberta uma variante que escape totalmente à imunidade conferida pelas vacinas.

“Algumas dessas variantes são capazes de escapar parcialmente de algumas dessas defesas geradas, como dos anticorpos neutralizantes (que impedem a infecção das células). Porém, o escape não é completo, e as doses de reforço são capazes de aumentar os níveis desses anticorpos, aumentando essa proteção contra a infecção, por exemplo. A vacinação segue extremamente importante como forma de proteção individual e enfrentamento coletivo contra a Covid-19”, pontua.

Fonte: O Tempo

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