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Em Minas, faltam remédios para câncer, diabetes e Parkinson; veja lista

Redação15 de julho de 20226min0
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Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que 40 medicamentos diferentes estão em falta. Desses, 25 não têm previsão de regularização

Minas Gerais tem falta de 40 medicamentos no momento, a exemplo do enfrentado por todos os Estados e boa parte das cidades brasileiras. Na lista, estão fármacos para tratamento de doenças graves e crônicas, como câncer, diabetes, Doença de Parkinson, epilepsia, esclerose múltipla, esquizofrenia e hipertensão pulmonar.Desses 40 medicamentos, 25 não tem previsão de regularização, 10 devem ser ofertados ainda neste mês e cinco em agosto. As informações foram apuradas por O TEMPO com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

As justificativas da área técnica da pasta variam. Há casos em que a SES aguarda o envio do Ministério da Saúde e de fornecedores, ou até mesmo aguarda a emissão de autorização de fornecimento (AF), um documento que permite o empenho (reserva) do dinheiro para aquisição do medicamento.

A situação mais grave é quando ocorre a falta de Ata de Registro de Preço (ARP). Nesses casos, o governo abriu licitação para compra do fármaco, mas não houve interessados, seja por falta do medicamento no mercado ou porque os fornecedores não foram atraídos pela demanda (por questões financeiras ou até mesmo logísticas).

Estão sem ARP os seguintes medicamentos: Isotretinoina (acne), Ciclofosfamida (vários tipo de câncer), Genfibrozila (controle do colesterol), Bromocriptina (Doença de Parkinson), Clobetasol (inflamações na pele), Complemento Alimentar para Fenilcetonúricos (para o fígado), Budesonida (rinites em geral), Budesonida + Formoterol (rinites em geral) e Desferroxamina (sobrecarga crônica de ferro).

Em BH, a prefeitura não lista quais medicamentos estão em falta. Mas, informa que disponibiliza 394 apresentações de fármacos, com índice de abastecimento de 92,5% nos Centros de Saúde. Portanto, 30 remédios não estão disponíveis.

Segundo o Executivo municipal, esses medicamentos não estão, necessariamente, em escassez. De acordo com a PBH, muitos desses remédios podem ser substituídos por outros. Além disso, a lista é “flutuante”, portanto há casos em que a compra já está garantida.

Veja, abaixo, a lista de medicamentos que estão em falta em Minas Gerais:

O que dizem as autoridades

Em nota, a SES-MG informou que “as estratégias para tentar mitigar os efeitos dos desabastecimentos têm sido discutidas em âmbito nacional, entre Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)”.

A Prefeitura de BH esclareceu que “os usuários são orientados a procurar as equipes de Saúde da Família para que sejam reavaliadas a prescrição e a possibilidade de indicação de outro medicamento. É importante esclarecer que o contato com os fornecedores é constante para manter o abastecimento dos estoques sempre em dia”.

O Ministério da Saúde foi questionado, mas não respondeu ao e-mail enviado pela reportagem.

Por que há falta de medicamentos?

A falta de medicamentos, conforme fontes consultadas pela reportagem, se deve ao lockdown na China. O país asiático abastece o Brasil de matéria-prima para produção de medicamentos e tem adotado medidas duras contra a Covid-19.

Com as indústrias chinesas fechadas, países como o Brasil, que dependem da oferta chinesa, passam aperto. Há quem diga também que o País só está nessa situação porque não investiu em tecnologia, já que tem capacidade de produzir esses medicamentos por aqui.

“É uma falta de medicamentos sazonal, que vem desde o início do ano. Hora é uma matéria-prima que falta, e outra hora é outra matéria-prima. Já tivemos falta de dipirona e solução de vários xaropes. A maioria dos medicamentos é para uso infantil. Agora, estamos passando pela falta de alguns produtos antibióticos. As amoxicilinas líquidas, para uso do público infantil e juvenil”, diz Rony Anderson, vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Minas Gerais (Sincofarma).

De acordo com Rony, a indústria tem informado que o fechamento da China atrasa os pedidos. “A matéria-prima vem toda do continente asiático. Quando esse medicamento chega, ele ainda tem que passar por uma quarentena. Por mais que possa vir de avião, esse produto ainda tem que aguardar um tempo. A gente tem passado o ano inteiro com faltas recorrentes”, afirma o vice-presidente do Sincofarma.

Fonte: O Tempo

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