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Ações simples, como não usar cotonete, podem evitar perda da audição; confira

Redação10 de novembro de 20225min0
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No Brasil, cerca de 5,7 milhões de indivíduos apresentam perda auditiva, dos quais 176.067 são incapazes de ouvir

Neste 10 de novembro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. A surdez pode ter diferentes graus, tipos, ser congênita ou adquirida e afetar pessoas de qualquer idade sob variadas formas. Cuidados básicos, como não ouvir música em volume alto, não ficar por muito tempo em ambientes com muito barulho, e até abandonar o uso do cotonete, podem evitar a perda da audição. No Brasil, dados do Censo de 2000 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2002) revelam que dos 24,5 milhões de brasileiros que têm algum tipo de incapacidade ou deficiência, 5,7 milhões de indivíduos apresentam perda auditiva, dos quais 176.067 são incapazes de ouvir.

Segundo o Ministério da Saúde, existem ao menos dois tipos de surdez: de condução e de cóclea ou do nervo auditivo. O primeiro, é provocado pelo acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite) ou imobilização de um ou mais ossos do ouvido. O tratamento é feito com medicamentos ou cirurgias. Já o segundo, é desencadeado por viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (perda da audição provocada pela idade), traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias, problemas metabólicos, tumores.

Veja outros fatores que podem provocar surdez:

– casos de surdez na família;
– nascimento prematuro;
– baixo peso ao nascer;
– uso de antibióticos tóxicos ao ouvido e de diuréticos no berçário;
– infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola.

Veja como se prevenir da surdez:

– em gestantes, doenças como sífilis, rubéola e toxoplasmose podem provocar a surdez nos bebês, daí a necessidade dos cuidados pré-natais. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas;
– teste da orelhinha: exame feito nos recém-nascidos que permite verificar a presença de anormalidades auditivas;
– cuidado com objetos pontiagudos, como canetas e grampos, pois, se introduzidos nos ouvidos, podem causar sérias lesões;
– atraso no desenvolvimento da fala das crianças pode indicar problemas auditivos, sendo motivo para uma consulta com um médico especialista;
– uso de equipamentos de proteção para trabalhadores expostos aos riscos ocupacionais provocados pelo ruído;
– acompanhamento da saúde auditiva dos trabalhadores, por parte das empresas, visando eliminar ou reduzir o ruído no ambiente de trabalho;
– evitar ambientes com ruído excessivo, especialmente por tempo prolongado;
– evitar ouvir música em volume muito alto, especialmente com fones de ouvido;
–  infecções de ouvido, especialmente de repetição, são riscos potenciais de perda auditiva. O ideal é procurar um médico especializado e fazer o tratamento indicado com seriedade, sem automedicação;
– procurar atendimento médico ao perceber alterações na audição, por exemplo, ao notar que está precisando aumentar o volume mais do que o usual.

A data

A data comemorativa foi instituída pela Portaria de Consolidação MS nº 1/2017, art. 527, como símbolo de luta cujo propósito principal é educar, conscientizar e prevenir a população brasileira para os problemas advindos da surdez. No Brasil, a Lei nº 10.436/2002 foi um marco para a comunidade surda, ao reconhecer a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão e determinar o apoio na sua difusão e uso pelo poder público.

(Com informações da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde) 

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