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Adultos, adolescente e idoso escravizados em carvoaria são resgatados no Sul de Minas

Redação21 de março de 20235min0
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Operação aconteceu na zona rural de Candeias, no Sul de Minas. Trabalhadores foram, em sua maioria, reunidos no Norte do estado

Seis pessoas que eram mantidas em condições análogas à escravidão em uma carvoaria na zona rural de Candeias, no Sul de Minas, foram resgatadas na última sexta-feira (17/3). A informação só foi divulgada nesta segunda-feira (20/3) pela Polícia Civil, que realizou a operação em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e apoio da Polícia Militar.

Conforme as autoridades, dentre os ‘empregados’, um tem apenas 16 anos e outro é um idoso de 60 anos. “Segundo apurado, os trabalhadores foram, em sua maioria, reunidos no Norte de Minas e levados para trabalhar na carvoaria”, disse a Polícia Civil.

O comunicado emitido pelas autoridades não contém detalhes dos abusos cometidos e há quanto tempo eles ocorriam. Também não foi divulgada nenhuma informação sobre os suspeitos do crime.

As primeiras informações chegaram à Delegacia em Candeias. Policiais civis da unidade realizaram levantamentos para a apuração dos fatos e acionaram o Setor de Fiscalização do MTE, policiais civis da Delegacia Regional em Campo Belo, além de militares que organizaram a operação deflagrada em menos de 48h do conhecimento do fato, afirma a Polícia Civil em comunicado.

Outros casos

Somente neste mês, o Estado de Minas já havia publicado seis reportagens relacionadas ao combate à exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão no estado. Um dos casos que mais repercutiu na mídia nacional foi o de um trabalhador de 74 anos escravizado na fazenda de café Boa Vista, em Bueno Brandão, Minas Gerais, por 38 anos.

Segundo o MTE, o trabalhador era mantido em uma casa rústica com iluminação precária e sem higiene. Também não havia portas. Ele dormia sobre espuma velha de colchão, consumia água diretamente da torneira e trabalhava para receber as refeições diárias, não tendo nenhum tipo de remuneração financeira.

Em 2 de março, 13 trabalhadores rurais foram resgatados em Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro. Eles trabalhavam no corte de eucalipto e eram expostos a produtos que traziam risco à saúde, não tinham alimentação adequada e direitos trabalhistas eram desrespeitados.

Uma empresa de Uberlândia contratou os trabalhadores para atividades como operador de motosserra e de auxiliar. Onze deles vieram do Distrito de Tapuirama, em Uberlândia, e de cidades do Norte de Minas. Outros dois são nordestinos.

No dia seguinte, o EM trouxe em outra reportagem o resgate de 10 trabalhadores em condições análogas à escravidão em uma fazenda de café localizada em Santa Rita do Sapucaí, no Sul do estado. Seis dias depois, a Polícia Federal deflagrou o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão e outros dois de prisão preventiva contra suspeitos de manter pessoas em situação ilegal, em Governardor Valadares, na Região do Vale Rio Doce.

A investigação da corporação apurou que os suspeitos transitavam armados em suas propriedades rurais e mantinham mais de 20 pessoas trabalhando em condições degradantes. Elas tinham dívidas superiores a seus supostos salários, e a liberdade cerceada.

Em 11 de março, sete trabalhadores que atuavam em uma carvoaria de Araxá, no Alto Paranaíba, e plantação de eucalipto de Tapira, na mesma região, foram resgatados. Os proprietários da carvoaria e da plantação de eucalipto receberam 70 autos de infração devido às irregularidades trabalhistas. Eles foram notificados para pagar verbas rescisórias devidas aos trabalhadores resgatados.

Na terça-feira passada (14/3), o EM mostrou que um produtor de café em Manhumirim, na Zona da Mata, foi autuado por trabalho análogo à escravidão. Isso porque em julho do ano passado o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou sete trabalhadores – três mulheres e quatro homens – em condições análogas ao escravo.

Fonte: Estado de Minas

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