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No Dia Mundial da síndrome de Down, o pedido é inclusão: “conosco, não para nós”

Redação21 de março de 20236min0
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No Dia Mundial da síndrome de Down, o pedido é inclusão: "conosco, não para nós"

“Conosco, não para nós”. Esse é o tema que guia as ações do Dia Mundial da síndrome de Down, comemorado nesta terça-feira (21/03). A campanha, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com a Down syndrome international (DSI), busca mudar a imagem de quem vive com a síndrome e convidar a sociedade para apoiar a autonomia dessas pessoas. É com esse objetivo que o Instituto Mano Down, em Belo Horizonte, lança um manifesto pela inclusão.

“Quem vive com a síndrome de Down geralmente tem um apoio ou simplista ou controlador. Frequentemente, as pessoas ao seu redor fazem coisas para ele, não com ele”, afirma a organização DSi ao explicar o tema de 2023. A luta para que as pessoas com síndrome de Down consigam ser protagonistas da própria vida, com os direitos e desejos respeitados, é chamada de anticapacitista.

O anticapacitismo propõe a quebra do preconceito e dos estereótipos das pessoas com deficiência. “A DSi está empenhada em superar o modelo ultrapassado de caridade da deficiência, onde as pessoas com deficiência eram tratadas como objetos de caridade, merecedoras de pena e contando com o apoio de outras pessoas”, explica. É com esse mesmo intuito que foi idealizado o manifesto do Instituto Mano Down, organização sem fins lucrativos nascida da relação dos irmãos Leonardo Gontijo com Dudu do Cavaco, músico com síndrome de Down.

No manifesto, são listadas 14 reivindicações para “desenvolvimento, autonomia e melhoria da qualidade de vida das pessoas com a síndrome”. Entre elas, a efetiva implementação da Lei Brasileira de Inclusão; o comprometimento das escolas com o aprendizado das crianças e jovens com síndrome de Down; a inclusão no mercado de trabalho de forma incentivada e o reconhecimento da capacidade de tomar decisões.

Para lançar o manifesto, será realizada uma Caminhada do Dia Internacional da síndrome de Down de Minas Gerais, que vai acontecer na Praça JK, no bairro Sion, entre às 9h e às 12h deste domingo (26). A programação conta com apresentações musicais, espaço kids e oficinas de zumba e capoeira. A participação é gratuita, mas é preciso fazer a inscrição no site.

“O propósito é promover a prática esportiva e a convivência com a diversidade, dando protagonismo para as pessoas com Down e mostrando todo o potencial e habilidades que eles podem conquistar, a partir das oportunidades dadas a ela”, explica o instituto.

Síndrome de Down no mercado de trabalho

A Lei nº 8.213/91, conhecida como Lei de Cotas, determina que empresas com 100 ou mais empregados reservem vagas para pessoas com deficiência, mas, mesmo assim, a inclusão ainda é mínima. Para a psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Ester Assumpção, Cíntia Santos, os números do Ministério do Trabalho (MT) provam que é preciso fazer mais. “Hoje, somente 486 mil pessoas com deficiência estão inseridas no mercado de trabalho, um índice baixo que reflete no que temos percebido nas organizações. Elas precisam ter ferramentas que auxiliem no processo de recrutamento, focando na escolaridade, qualificação e experiência profissional dos candidatos e não na limitação pelo aspecto físico”, afirma.

Pelo Instituto Ester Assumpção, a coordenadora trabalha incentivando a inclusão assertiva das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Segundo ela, uma empregabilidade que funciona precisa quebrar o preconceito com as pessoas com síndrome de Down em todos os níveis da empresa. “A inclusão demanda a participação de todos os setores, desde a portaria à diretoria”, diz. “Infelizmente, o que vemos hoje, são que as empresas focam mais nos tipos de deficiência do que no perfil do profissional que desejam contratar. Mas, com união e compreensão de todos os envolvidos, é possível fazer isso”, continua.

O que é a síndrome de Down

A síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição genética inerente à pessoa. De acordo com o Ministério da Saúde, a síndrome é gerada pela presença de uma terceira cópia do cromossomo 21 em todas as células do organismo, chamada de trissomia. Isso ocorre no momento da concepção de uma criança.

Fonte: O Tempo

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