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Entenda o que é síndrome do intestino irritável e como é o diagnóstico

Redação4 de abril de 20236min0
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Trata-se de um distúrbio do trato digestivo que provoca dor abdominal; doença não tem cura, mas é benigna

A síndrome do intestino irritável (SII) é um distúrbio do trato digestivo que pode provocar dor abdominal, constipação ou diarreia de forma recorrente. Ao contrário de outros problemas na região, a condição não apresenta inflamação ou estreitamento nos órgãos, apenas alterações nas funções voltadas ao intestino.

É o que afirma Sérgio Pessoa, FBG (Federação Brasileira de Gastroenterologia). “Em alguns momentos esse intestino funciona mais rápido do que deve, em outros momentos ele funciona mais lento do que o normal e isso às vezes é associado a dores abdominais”.

O gastroenterologista, que trabalha na área há cerca de 30 anos, também ressalta que a síndrome é comum. Ao contrário de outras doenças, não aparece em exames e o diagnóstico é feito com base em critérios clínicos.

“A maioria dos pacientes espera que nós médicos encontrem uma correspondência nos exames relacionados àqueles sintomas que eles apresentam, mas não encontramos. Os exames de pacientes que possuem a síndrome são absolutamente normais”, diz Ramos. O diagnóstico é baseado nos sintomas e na ausência de sinais mais graves. Para dispensar outras doenças, porém, os pacientes são usualmente submetidos a diversos exames.

“Essas pessoas normalmente são hipervigilantes, elas têm algum quadro de ansiedade, podem apresentar depressão. Existe um mecanismo de hipersensibilidade geral, são pessoas que percebem alterações muito discretas na movimentação dos órgãos”, pontua Pessoa.

Isabella Scala, 22, recebeu o diagnóstico ao consultar uma endocrinologista para perder peso. “Os sintomas mais comuns para mim são constipação, dor de barriga, sensibilidade e inchaço”, diz. Além disso, ela evita alimentos que acredita que fazem mal ao seu intestino. A terapia também tem ajudado Scala a lidar com a condição.

“Percebi que às vezes quando a síndrome ataca tem relação com a minha saúde mental, então esses dois são os principais jeitos que eu lido. Também tomo remédios para lidar com os sintomas quando eles aparecem”, diz.

O caso é semelhante ao de Alice Gabriely da Silva Gonçalves, 19. Na adolescência, a jovem tinha dificuldade para evacuar, além de apresentar vômito e inchaço em decorrência do intestino preso. Sua mãe chegou a suspeitar uma gravidez e um quadro de apendicite. Somente quando começou a tratar a ansiedade generalizada descobriu que era síndrome do intestino irritável.

“Os meus principais sintomas são o intestino preso, fico semanas sem conseguir ir ao banheiro, além de cólica e cãibra”, aponta. Segundo Gonçalves, quando sua ansiedade e bipolaridade estão controladas, o intestino funciona normalmente.

SÍNDROME É BENIGNA

Maira Marzinotto, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Oswaldo Cruz, afirma que a condição não tem cura, mas se trata de uma doença crônica benigna.

“Costumo dizer aos pacientes com diagnóstico que possuo uma boa e má notícia: a boa é que ela é completamente benigna, ela nunca vai poder ser responsabilizada por nenhum risco funcional, câncer ou algo mais grave”, ressalta. “A má notícia é que é uma doença crônica e não tem cura.”

A médica orienta os pacientes a buscarem um diagnóstico correto e identificar os alimentos prejudiciais. “Os que costumam piorar os sintomas são os alimentos fermentativos, como o leite, que tende a fermentar bastante nas pessoas e em suas barrigas. Também grão de bico, feijão, ervilhas, lentilhas, cervejas, farinha de trigo, entre outros”, diz.

Marzinotto indica que a síndrome é mais comum em jovens adultos de 20 a 40 anos, embora existam casos em pessoas mais velhas. A médica diz ainda que a patologia é mais frequente em mulheres.

“Normalmente é só de mudar a alimentação que [o paciente] fica bem. Tem pessoas que tem um estado mais intenso e precisam fazer uma mudança mais tensa, mas a maioria consegue viver bem desde que tenha controle”, completa.

“Ansiedade, nervosismo, estresse, depressão ou questões emocionais, influenciam o quanto sentimos as coisas. Então, às vezes uma pessoa que não é ansiosa pode ter a síndrome, mas ela não sofre tanto e tem menos sintomas.”

Fonte: Portal UAI

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