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Entenda como a taxa Selic afeta sua vida e a economia do país

Redação3 de maio de 20237min0
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Juro proposto pelo Banco Central é referência para outras taxas, que afetam consumo, inflação e investimentos; confira

Alvo de críticas do governo federal, de economistas e de boa parte do mercado e empresários, a taxa de juros no patamar que está, acima de 13%, afeta a economia sobre vários aspectos. Além de encarecer o custo do dinheiro, como empréstimos, impacta também reajustes de contratos e aplicações, como a poupança.

O Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), decide nesta quarta-feira (3/5) a nova Selic, que está em 13,75%. As apostas do mercado indicam manutenção ou pequeno recuo na taxa, não em um corte mais profundo. Entenda mais um pouco sobre a taxa básica de juros e o que ela afeta:

Taxa Referencial

A TR é calculada pelo Banco Central a partir dos juros das Letras do Tesouro Nacional (LTN), que variam seguindo a Selic. A Taxa Referencial é usada como indexador para a correção das aplicações da caderneta de poupança, das prestações dos empréstimos do Sistema Financeiro da Habitação e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No caso do FGTS, a correção do saldo é a TR mais 3%. E nos empréstimos para a compra da casa própria, a taxa corrige as prestações.

Poupança

De acordo com a legislação, quanto a Selic é igual ou inferior a 8,5% ao ano, a remuneração dos depósitos de poupança é composta pela TR mais 70% da taxa Selic mensal. Com a Selic acima de 8,5% ao ano, a poupança volta a render TR mais 0,5% ao mês (6,17% ao ano). Uma aplicação no valor de R$ 10 mil pelo prazo de 12 meses, o investidor acumula rendimento de R$ 680, totalizando R$ 10.680 ao final desse período.

Investimentos em renda fixa

Títulos públicos, CDBs, CDIs, letras de crédito (LCIs, LCAs), debêntures e outros tipos de títulos privados pós-fixados. Todas essas modalidades de investimentos, classificadas como renda fixa, são sempre favorecidas pela Selic alta. Há ainda investimentos atrelados à inflação que possuem uma relação indireta com a Selic.

Inflação

Apesar do aumento do rendimento, a poupança ainda perde para a inflação. Mas não é só a poupança que perde para a inflação. A Selic é usada para conter a inflação, porque o BC julga que encarecendo o dinheiro, o crédito, a população compra menos e foça a queda de preços em função da baixa demanda. Mas é uma teoria controversa. Pedro Raffy Vartanian, professor Doutor do Mestrado Profissional em Economia e Mercados e da Graduação em Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, disse que a taxa de juros no atual patamar terá efeito apenas na inflação de 2024 e o objetivo do Banco Central do Brasil é justamente levar a inflação para o centro da meta. “É o princípio fundamental de um regime de metas para a inflação. Apesar de estar perdendo força, as expectativas para a inflação estão acima da meta e a manutenção da taxa de juros poderá garantir a convergência da inflação para a meta”, disse.

Impacto no crédito para o consumidor

A taxa Selic é uma referência para linhas de crédito em geral, tanto para consumidor quanto para empresas. Quando os juros oficiais são elevados, as demais taxas tendem a seguir. Ou seja, os empréstimos ficam mais caros. Juros para compra da casa própria, do setor imobiliário, por exemplo, ficam altos. Isso ocorre também para financiamentos para compra de carros e demais linhas para consumo. Também afetam juros do cartão de crédito, crédito direto ao consumidor e para correntistas, modalidades comuns em bancos e instituições financeiras.

Impacto no crédito para empresas e investimentos

Também há impacto no crédito para empresas, nas diferentes modalidades. Desde linhas de fomentos em bancos públicos, até operações de crédito em bancos e instituições privadas para empresas. O custo do crédito impacta desde a formação de caixa das empresas até os empréstimos para elas fazerem investimentos, como expansões da capacidade produtiva, compra de equipamentos e insumos.

Impacto no consumo

Crédito e consumo andam lado a lado. Quando os empréstimos e financiamentos ficam mais caros, naturalmente o nível de consumo tende a diminuir, já que o custo dos produtos e serviços aumenta também. Por isso, a tendência é de que uma elevação da Selic cause uma redução das compras. Na situação oposta – quando a Selic cai – o consumo costuma aumentar.

Atividade Econômica

Pedro Raffy Vartanian diz que o impacto de uma taxa de juros elevada se dá diretamente sobre a atividade econômica: “taxas de juros elevadas prejudicam a atividade econômica, ao passo que reduções na taxa de juros poderiam estimular a economia. Entretanto, entende-se que preços estáveis são importantes para um crescimento econômico sustentado e, diante disso, busca-se primordialmente o controle da inflação, ainda que isso acarrete custos indesejáveis de curto prazo em termos de redução do crescimento econômico”. Isso se dá para redução de consumo via crédito, que fica mais caro.

Fonte: O Tempo

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