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Doze trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão em MG

Redação18 de maio de 20233min0
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Denúncias incluem alojamentos com condições precárias, sem fornecimento de água potável

Doze trabalhadores que viviam em condições análogas à escravidão foram resgatados de fazendas em Minas Gerais. A ação fiscal, organizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego na semana passada, teve os resultados revelados nessa terça-feira (16). As denúncias incluem alojamentos com condições precárias, sem fornecimento de água potável e alimentos armazenados de maneira inadequada.

Em uma fazenda na cidade de Conceição das Pedras, no Sul de Minas, foram identificadas cinco vítimas, migrantes da Bahia. No alojamento deles, alimentos não perecíveis ficavam armazenados em caixas de plástico que, após abertas, serviam também de alimento para roedores e outros animais.

No alojamento havia banheiro, mas as condições de conservação e limpeza eram precárias, com mofo nas paredes. Os cômodos não tinham camas. Não havia armários individuais para a guarda de objetos pessoais ou recipientes para a coleta de lixo.

Os trabalhadores precisavam fazer as necessidades fisiológicas no meio do cafezal. Ao final das inspeções, o empregador teve de arcar com o pagamento de R$ 27.500, referentes às verbas rescisórias e dano moral individual, além de custear o retorno dos resgatados aos locais de origem.

Em Três Pontas, no Sul de Minas Gerais, a fiscalização resgatou seis trabalhadores, sendo quatro homens e duas mulheres. Todos sem registro.  O grupo não tinha direito à água potável. A água utilizada era levada pelos trabalhadores de suas residências em garrafas térmicas.

Os trabalhadores também traziam marmitas de casa, mantidas em mochilas no cafezal até o momento de sua ingestão. Todos foram resgatados, e o empregador deverá arcar com o pagamento de R$ 27.412,00, referente às verbas rescisórias.

Em uma terceira fazenda, em Campo do Meio, também no Sul do Estado, um trabalhador com mais de 60 anos e sem documentos foi resgatado. Ele estava na propriedade há mais de 30 anos e nunca teve sua relação laboral formalizada. Sem direito a férias ou 13º salário, residia em um barraco de três cômodos na sede da fazenda em condições degradantes, imundo e exalando fortes odores.

Foram realizados cálculos rescisórios relativos aos últimos 18 anos que ele permaneceu como empregado, totalizando R$140.000,00. A quantia inclui  verbas rescisórias e dano moral. Também foi acertada a reforma do alojamento e a cessão do espaço à vítima de maneira permanente.

Denúncias de trabalho análogo ao de escravo podem ser feitas de forma anônima no Sistema Ipê: ipe.sit.trabalho.gov.br.

Fonte: O Tempo

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