Zema prevê rombo de R$ 6 bilhões nas contas de Minas em 2024
A equipe econômica do governador Romeu Zema (Novo) prevê rombo de R$ 6,063 bilhões nas contas públicas de Minas Gerais para o próximo ano. A estimativa consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada nesta quinta-feira (18) pelo Executivo aos deputados estaduais. A LDO do próximo ano calcula R$ 113,649 bilhões em receitas, mas projeta despesas na ordem de R$ 119,712 bilhões.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias serve como uma espécie de “norte” para a construção da Lei Orçamentária Anual (LOA), que estima, com mais precisão, os custos e ganhos dos cofres públicos estaduais. O rombo de R$ 6 bi previsto para 2024 é maior do que o déficit fiscal de R$ 3,5 bilhões projetado na LOA vigente neste ano.
O texto da LDO foi lido no plenário da Assembleia Legislativa pela deputada Alê Portela (PL) e, agora, pode tramitar na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO). Depois, a matéria será votada em turno único pelo conjunto de parlamentares, em plenário.
Em texto enviado aos deputados para justificar os números contidos na LDO, Zema diz que, em 2024, quase 91% das receitas de Minas Gerais terão de ser utilizadas para cobrir despesas consideradas obrigatórias.
“Mantém-se a difícil tarefa de se equacionar os gastos públicos com a arrecadação, considerando o atual contexto econômico e a rigidez orçamentária”, lê-se em trecho do documento.
“Reitero meu compromisso de trabalhar com firmeza — em harmonia e interlocução democrática com os Poderes e órgãos do Estado, dos Municípios e da União, e com a sociedade civil e a iniciativa privada — para manutenção do Estado na trilha do desenvolvimento socioeconômico sustentável e no lugar de destaque que sempre ocupou na Federação”, completa o governador.
Governo projetou deficit de R$ 11 bi neste ano
Os R$ 3,5 bilhões de rombo calculados para 2023 estão bem abaixo da primeira estimativa feita pela equipe econômica de Zema, no início do ano passado. À época, a previsão era de que, neste ano, os gestores públicos do estado tivessem de lidar com um deficit superior a R$ 11 bilhões.
Fonte: Itatiaia