Minas ainda não bateu nenhuma meta em 2023
O Dia Nacional da Imunização, nesta sexta-feira (09/06), chega sem celebração para especialistas da área. Desde 2016, o Brasil vive uma trajetória de queda da cobertura vacinal da maior parte das vacinas de rotina. Minas Gerais não fica atrás e, em 2022, cumpriu a cobertura desejada de somente um de 18 imunizantes de rotina. Em 2023, pelo menos até agora, nenhuma meta foi atingida.
Para a maioria das vacinas, a cobertura desejada é de 95% — a exceção é a BCG, cuja cobertura de 90% é considerada satisfatória, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Em 2022, as maiores coberturas em Minas foram a da BCG (95,64%) e de hepatite B para crianças de até 30 dias (90,85%). Por outro lado, houve coberturas tão baixas quanto a da dTpa para gestantes (51,67%), que previne difteria, tétano e coqueluche, e da seghunda dose (D2) da tríplice viral (68,27%), contra sarampo, caxumba e rubéola. Confira a cobertura de vacinas em Minas em 2022 e os níveis até o início de junho em 2023, com dados do Ministério da Saúde compilados pela SBIm:
O secretário estadual da Saúde, Fábio Baccheretti, avalia que há chance de aumentar a cobertura vacinal em 2023. “Muitas pessoas perderam a confiança na vacina exatamente pela desinformação. Ainda é cedo para dizer como será a conclusão do ano,mas vamos buscar que essa meta seja atingida, ela é possível. Isso depende muito da sensibilização e as nossas ações são para que isso aconteça. São ações como busca ativa de cada um que não tomou sua vacina, especialmente as crianças, sensibilização em escolas, comunicação e combate à desinformação. Também temos investimentos como o Vacimóvel para conseguir fortalecer essa vacinação em formatos diferentes”, elenca.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) salienta, ainda, que o fluxo de vacinação depende da disponibilidade de doses e da estratégia definida por cada município.
Fonte: O Tempo