Com Selic mantida em 13,75%, Brasil tem a maior taxa real de juros do mundo

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Segundo levantamento da MoneYou e da Infinity Asset Management, descontada a inflação, o Brasil manteve-se no topo do ranking pela 6ª reunião do Copom seguida

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros do país, a Selic, em 13,75% ao ano. É a sétima reunião seguida em que o Copom decide manter a taxa inalterada, apesar de pressões do mercado e apelos e críticas do governo Federal. Com a inflação mais baixa, a expectativa era que a autoridade monetária reduzisse um pouco a Selic. Com a manutenção, o Brasil continua com o título de maior taxa real de juros do mundo.

Segundo levantamento da MoneYou e Infinity Asset Management, descontada a inflação, o Brasil, ao manter a Selic em 13,75% ao ano, e uma combinação de menor projeção de inflação em 12 meses, reforça a 1ª colocação no ranking mundial de juros reais, quando é descontada a inflação, preservando o pódio pela 6ª reunião do Copom consecutiva. O Brasil, assim, “segue acima de Hungria, Colômbia, Chile e México, com uma combinação de inflação projetada para os próximos 12 meses, via coleta do relatório Focus do Banco Central de 4,10% e a taxa de juros DI a mercado dos aproximados próximos 12 meses no vencimento mais líquido (Junho de 2024)”, diz o relatório.

Considerando os juros nominais, quando se compara apenas os juros reais, a Selic em 13,75% coloca o Brasil na segunda posição do ranking elaborado pela MoneYou. Somente a Argentina, com juros de 97,00% ao ano, está à frente. Segundo o MoneYou, “no geral, entre 176 países, 66,48% mantiveram os juros em junho, 29,55% elevaram e 3,98% cortaram. No ranking, entre 40 países, 47,50% mantiveram, enquanto 52,50% elevaram as taxas e 0,00% cortaram”.