ONU afirma que 2024 será um ano ainda mais quente que 2023
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgou, nesta semana, que 2023 foi o ano mais quente já registrado na história. A temperatura média anual global aproximou-se de 1,5° Celsius acima dos níveis da era pré-industrial (1850-1900). Ainda segundo a ONU, a previsão é que 2024 seja um ano ainda mais quente e desafiador para a humanidade.
“A mudança do arrefecimento da La Niña para o aquecimento do El Niño, em meados de 2023, reflete-se claramente no aumento da temperatura em relação ao ano passado. Dado que o El Niño normalmente tem o maior impacto nas temperaturas globais depois de atingir o pico, 2024 poderá ser ainda mais quente”, afirma Celeste Saul, secretária-geral da OMM.
No ano passado, as temperaturas se elevaram significativamente entre junho e dezembro. Julho e agosto foram os dois meses mais quentes já registados. A secretária da Organização Meteorológica Mundial também afirma que essa mundança climática é um grande desafio para a humanidade e a adoção medidas são urgentes para reduzir o o caos:
“As alterações climáticas são o maior desafio que a humanidade enfrenta. Está afetando todas as pessoas, especialmente os mais vulneráveis. Não podemos esperar mais. Já estamos tomando medidas, mas temos de fazer mais e rapidamente. Temos de fazer reduções drásticas nas emissões de gases de efeito estufa e acelerar a transição para fontes de energias renováveis”, explica.
Segundo dados da organização, desde a década 80 as temperaturas estão aumentando e têm sido mais quentes que nos períodos anteriores a cada 10 anos.
“Ainda podemos evitar o pior da catástrofe climática, mas apenas se agirmos agora com a ambição necessária para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus Celsius e proporcionar justiça climática” afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres, em comunicado.
Onda de Calor no Brasil
O brasileiro sentiu na pele o aumento dessas temperaturas em 2023. O país viveu uma onda de calor expressiva em setembro e novembro do ano passado. Algumas capitais registraram recordes de temperatura máxima, como foi o caso de Belo Horizonte, no dia 25 de setembro de 2023, com 38,6 graus.
O Rio de Janeiro, no dia 18 de novembro, também marcou recorde nos termômetros com 45,5°C de temperatura máxima e sensação térmica de 59,7°C.
Nesse mesmo dia, a jovem Ana Clara Benevides, de 23 anos, morreu na capital fluminense durante o show da cantora Taylor Swift. O laudo da morte da estudante comprovou que ela teve exaustão térmica causada pelo calor excessivo.
Fonte: O Tempo