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Semana Santa: atenção redobrada nas estradas e no tempo

Redação27 de março de 202415min0
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Levantamento realizado nos últimos dez anos no período do feriado nas estradas federais revela quase 18 acidentes por dia

Seja no sentido São Paulo ou Espírito Santo, quem utilizar a BR-381 para viajar no feriado da Semana Santa vai encarar a estrada federal mais perigosa no histórico da última década. É o que mostra mapeamento da reportagem do Estado de Minas sobre os dados de acidentes, mortes e feridos da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre as vias mineiras administradas pela União, entre 2014 e 2023, para mostrar aos motoristas quais os locais onde mais desastres interromperam viagens durante os últimos feriados da Semana Santa (confira na arte abaixo).

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de chuva em praticamente todo estado nesta quinta-feira (28/3), primeiro dia do feriado, sendo menor a intensidade na véspera, o que reforça a necessidade de cuidados por parte dos condutores. A reportagem detalha também as condições dos principais trechos para destinos no interior e no litoral.

Rodovias federais e seus trechos com maiores índices de acidentes

Rodovias federais e seus trechos com maiores índices de acidentes

Arte EM

 

Segundo o levantamento sobre os dados das Semanas Santas da última década nas estradas federais, foram 885 acidentes registrados nos quatro dias, uma média de 17,7 por dia, que resultaram em 57 pessoas mortas e 696 feridos.

A rodovia com histórico mais violento é a BR-381, que corta Minas Gerais vinda das divisas com São Paulo e o Espírito Santo. Nas últimas 10 Semanas Santas foram registrados 314 acidentes, com 18 mortes e 217 feridos. Ao separar a via entre a Rodovia Fernão Dias (de Betim a Extrema) e a BR-381 Norte (de Belo Horizonte a Mantena), também chamada de Rodovia da Morte, as características são diferentes, mas a dor é uma constante.

Foram 197 acidentes na Fernão Dias contra 117 da Rodovia da Morte. O segmento que liga MG a SP registrou ainda 217 feridos, contra 93 do setor que corta o Vale do Aço. Contudo, a Rodovia da Morte faz valer a má-fama até mesmo na Semana Santa, com o registro de 15 óbitos contra três mortes da Fernão Dias.

Na Rodovia da Morte, os acidentes ocorreram mais no trecho de Sabará, na Grande BH, com 20 registros na última década, seguido por João Monlevade, com 18 acidentes e São Gonçalo do Rio Abaixo, com 15, Caeté (11), Nova Era (10), Antônio Dias (9), Bela Vista de Minas (6) e Belo Horizonte (6).

Os tipos de acidentes mais frequentes foram as colisões traseiras, com 31 ocorrências, e as saídas de pista, com 28. As causas mais comuns observadas pelos policiais rodoviários federais foram a alta velocidade, em 36 anotações, e motoristas que não guardaram a distância devida para outros veículos, com 21.

Assim como a Rodovia da Morte, a Fernão Dias também tem o trecho de maior volume de acidentes na Grande Belo Horizonte. Foram 37 acidentes em Betim, 15 em Carmo da Cachoeira, 12 em Extrema, 13 em Igarapé, 11 em Itatiaiuçu, 10 em Lavras, 8 em São Sebastião da Bela Vista, 7 em Itaguara e Oliveira e 6 em Perdões, Santo Antônio do Amparo e São Gonçalo do Sapucaí.

As formas mais frequentes de acidentes foram as colisões em objetos fixos, registradas 26 vezes, saídas de pista (43) e colisões traseiras (46). Entre os motivos para os desastres foram destacados 69 vezes a alta velocidade e 54 vezes a falta de atenção do condutor.

Nas Semanas Santas da última década, a BR-040, que liga Goiás ao Rio de Janeiro passando por Minas, registrou 163 acidentes, com 10 mortes e 145 feridos. Novamente, a Grande BH é onde mais registros ocorreram, somando 20 em Ribeirão das Neves, 17 em Nova Lima e 12 em Contagem. Na sequência, os trechos concentradores de acidentes foram Conselheiro Lafaiete (11), Sete Lagoas (11), Santos Dumont (10), Barbacena (8), Juiz de Fora (8), João Pinheiro (6) e Três Marias (6).

Os tipos mais comuns de acidentes na rodovia foram as colisões traseiras, ocorridas 50 vezes, as saídas de pista (40) e as colisões frontais (19). Para que ocorressem os acidentes foram destacadas como causas dos desastres a falta de atenção, em 53 ocorrências, a alta velocidade (36) e não guardar a distância de segurança (17).

Se o seu caminho passa pela BR-262, sentido Triângulo Mineiro ou litoral capixaba, os pontos onde mais acidentes ocorrem ficam em Juatuba, com 15 acidentes na última década, Campos Altos (14), Nova Serrana (8), Matipó (6) e Luz (6).

No total, os 10 anos de Semanas Santas somaram 103 acidentes, 7 mortes e 97 feridos. Entre os mais frequentes acidentes estavam 35 saídas de pista, 12 colisões transversais, 11 colisões frontais e 11 colisões traseiras. O excesso de velocidade foi determinante para 32 registros e em 17 ocorreu falta de atenção.

A última das grandes rodovias federais avaliadas pela reportagem é a BR-116 (Além Paraíba a Divisa Alegre), onde uma década de Semana Santa registrou 89 acidentes, 9 mortes e 71 feridos. Leopoldina é o município com trecho de mais registros de acidentes, somando 14, seguido por Teófilo otoni (12), Muriaé (9), Caratinga (7), Ubaporanga (7) e Governador Valadares (6).

Foram registradas 24 saídas de pista, 19 colisões traseiras e 11 colisões transversais. Atribuídas como causas estavam 22 motivadas por falta de atenção, 13 vezes a alta velocidade e 9 condutores que dormiram ao volante.

Chuvas no meio do caminho

Além dos riscos de acidentes nas rodovias federais mineiras devido à alta velocidade, desatenção e imprudência nos registros dos últimos 10 anos de Semana Santa, como mostrado pela reportagem do Estado de Minas, as condições da pista e a companhia da chuva prevista para o recesso são desafios que tornam a responsabilidade dos motoristas ainda maior.

Previsão do tempo nos principais trechos das rodovias federais

Previsão do tempo nos principais trechos das rodovias federais

Arte EM

 

 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), no dia 27, que é a véspera do recesso – data que muitos escolhem para começar a sua viagem -, bem como no dia 28, a chuva ocorre em praticamente todo estado.

A Grande BH e as regiões Central, Centro-Oeste, Alto Paranaíba, Triângulo, Campos das Vertentes, Zona da Mata e parte do Rio Doce estão na região de pancadas de chuvas mais intensas, podendo dificultar a aderência dos veículos na estrada e a visibilidade do condutor.

Essa área abrange boa parte das rodovias BR-381, BR-040, BR-262 e BR-116. Apenas o trecho mais ao sul da BR-381, no Sul de Minas, e da mesma via mais ao Norte, já após o vale do Aço, próximo a Naque, é que a via tem previsão menos crítica de muitas nuvens e chuvas isoladas.

Verdadeiro canteiro de obras com segmentos em duplicação desde 2014, a BR-381 se destaca como tendo outros obstáculos para os viajantes, sobretudo em Antônio Dias, onde a pista passa por reparos e há buracos no asfalto. Na altura do KM 189, entre Governador Valadares e Periquito, as condições do pavimento não estão boas e há muitos buracos por 17 quilômetros até o distrito de Baguari.

Buracos e asfalto degradado são paisagem constante na BR-262 para quem segue na direção do Espírito Santo. As condições são piores em Matipó, Abre Campo e em São Domingos do Prata. Mesmo problema que enfrentam os viajantes ao passar pela BR-040, por Congonhas.

De acordo com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) o estado de Minas Gerais está com duas vias com interdições totais e 36 com interdições parciais. No KM34 da LMG-686 as chuvas encheram rios e levaram a ponte que liga Umburatiba e Maxacalis, no Vale do Rio Mucuri, no dia 28 de janeiro.

A ponte que liga os municípios de Igaratinga a Divinópolis, pela MG-430, no Centro-Oeste, cedeu e caiu nas águas do Rio São João em 17 de outubro de 2023. Desvios podem ser feitos pela BR-262 e MG-252 e MG-431.

Uma das interdições parciais é na entrada da alça de acesso ao Túnel do Aeroporto, no KM280 da BR-116, em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Na mesma rodovia, em Ponto dos Volantes, no Vale do Rio Jequitinhonha, o KM141 se encontra parcialmente interditado depois que a pista no sentido Bahia cedeu. Na BR-040, altura do KM 507, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, um deslizamento de encosta encobriu o acostamento e parte da faixa da direita do sentido Brasília.

A PRF recomenda que sob chuva os motoristas reduzam a velocidade, ainda que dentro do limite. “Os condutores devem acender os faróis, aumentar a distância para os demais veículos e nunca parar no meio da via. Os acidentes que ocorrem sob chuva, geralmente são provocados pela diminuição da visibilidade, falta de atenção e velocidade incompatível”, informou a PRF.

“Principalmente durante as primeiras chuvas, a água e o acúmulo de sujeira e óleo no asfalto tornam as pistas escorregadias, causando deslizamentos em casos de mudança de faixa e freadas bruscas. As poças d’água que se formam em alguns trechos das rodovias podem provocar a perda da direção do veículo e causar sérios acidentes. A visibilidade também fica comprometida, principalmente durante as chuvas fortes, quando todas as janelas do veículo são fechadas e os vidros embaçam”, informa a polícia.

Para os dias chuvosos, a PRF orienta aos motoristas transitar com velocidade moderada, sempre à direita da via, acender os faróis (baixo), manter distância segura do outro veículo que segue à sua frente, evitar manobras e freadas bruscas.

Se a pessoa tiver problemas ou se envolver em um acidente é muito importante ligar para o telefone 191 da PRF ou 190 da PMMG. A pessoa deve saber informar qual é o local do ocorrido com um ponto de referência, o sentido da estrada em que se encontra, dados completos dos veículos e pessoas envolvidas, qual o tipo de acidente que ocorreu e qual o telefone dos demais envolvidos.

Fonte: Estado de Minas

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