Muzambinho recebe Projeto Pioneiro em Minas Gerais de rastreamento de novos casos de Hanseníase
RedaçãoO IFSULDEMINAS-Campus Muzambinho através dos Professores Fabrício Santos Rita e Renato Souza, o Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP representado pelo Dr. Marco Andrey Cipriane Frade, e a Prefeitura Municipal pela Coordenação da Professora Lucineide Queiroz, assumiram o compromisso no alcance na capacitação de toda a Atenção Primária do Município de Muzambinho em Hanseníase.
O projeto intitulado “Eficiência do QSH e da avaliação neurodermatológica aplicados nos alunos do Ensino Médio do IFSULDEMINAS nas ações de busca ativa em hanseníase no Município de Muzambinho/MG”, é uma iniciativa do Enfermeiro Fabrício e representa uma importante ferramenta em Saúde Pública como estratégia na visibilização das Doenças Negligenciadas.
A hanseníase é uma doença crônica, caracterizada por manifestações neurológicas e dermatológicas, que levam a incapacidades, muitas vezes identificada em cursos de irreparáveis sequelas. É causada pelo Mycobacterium leprae, um bacilo caracterizado por apresentar alta infectividade e baixa patogenicidade, associada principalmente a desigualdades sociais e reduzido número de informações sobre este agravo.
As ações serão desenvolvidas de acordo com o cronograma do projeto, no Auditório do Campus e nas Unidades de Saúde do município, e contemplaram a capacitação de 44 Agentes Comunitários de Saúde (ACS) nos dias 02 e 03/07. Já os 09 Médicos e 11 Enfermeiros no dia 23/07. A agenda de atividades promove a divulgação de conteúdos e ricas discussões acadêmicas em espaços teóricos e práticos dos envolvidos, gerando resultado positivos em um curto espaço de tempo.
As avaliações neurodermatológicas ocorreram nos dias 06 e 07 de Agosto no Laboratório de Ciências da Saúde do IFSULDEMINAS, contando também com os alunos do Curso de Medicina da USP e Técnicos em Enfermagem, em 17/08. A próxima atividade será em 14/09.
Até o momento foram avaliados aproximadamente 3000 indíviduos através de um instrumento próprio do estudo, onde 40 indíviduos passaram por consulta médica e coleta de material biológico. A expectativa dos parceiros é alcançar 10.000 avaliados até outubro deste ano.
A realização de momentos como este só foram possíveis com o auxílio e suporte da Secretaria Municipal de Saúde, bem como dos setores de Vigilância Epidemiológica e Sanitária.
A Agenda 2030 é um movimento global, que promove o alcance de 169 metas, que abrangem as três dimensões do desenvolvimento sustentável – social, ambiental e econômica, reunindo 17 Objetivos do desenvolvimento Sustentável. Entre eles: ODS03-Assegurar uma vida saudável e promover bem-estar para todos, ODS04 – Assegurar educação de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem para todos e ODS17- Parcerias e Implementação.
De acordo com a Diretora das Unidades de Saúde do Município- Lucineide Queiroz, “ A sáude é a prioridade na qualidade de vida e este projeto contribui ativamente na identificação e posterior tratamento de casos que estavam invisíveis ao conhecimento do Departamento, sendo considerado de relevância em saúde pública”.
O projeto piloto contou com a presença e orientação do Prof Dr Marco Andrey, que destacou a importância dos ACS na ação de primeira fonte na Atenção Básica, “conhecer a realidade dos usuários e quantificar dados sobre a qualidade de saúde dos indíviduos, bem como os condicionantes de vulnerabilidade, permite à academia e ao serviço de saúde, possibilidades de intervir em pról da saúde e da qualidade de vida dos moradores de Muzambinho. Com isso, é possível identificar precocemente, tratando o mais breve possível, evitando sequelas futuras”.
O projeto terá novas etapas de realização e e seguirá prestando importantes serviços á nossa comunidade. O Professor Fabrício Santos Ritá, destacou: “ A hanseníase é uma doença imbuída de estigma, preconceito e desinformação, sendo a ciência e a comunidade, ingredientes necessários para resultar no diagnóstico precoce, monitoramento, e principalmente no conhecimento das causas de adoecimento das pessoas. Sendo uma oportunidade para o Campus, o município e a comunidade de aperfeiçoar o acesso aos serviços de saúde e à uma completa rede de Atenção Primária”.
Fonte: Fabrício Santos Ritá MTE 22.440/MG
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