Pagamento do 13º deve injetar R$ 321,4 bilhões na economia, estima Dieese
O pagamento do 13º salário aos trabalhadores deve injetar cerca de R$ 321,4 bilhões na economia brasileira até dezembro deste ano. O montante representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e cerca de 92,2 milhões de brasileiros serão beneficiados. As estimativas são do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e foram divulgadas nesta quarta-feira (13).
A entidade também projeta que o valor médio do benefício deve ficar na casa dos R$ 3.096,78. O maior valor médio para o 13º deve ser pago no Distrito Federal (R$ 5.665) e o menor, no Maranhão e Piauí, o equivalente a cerca de R$ 2 mil.
Vale lembrar que as empresas devem pagar, até o dia 30 do mês, a primeira parcela do 13º salário aos colaboradores. Caso os patrões não adiantem o benefício, é necessário realizar o pagamento integral até dia 20 de dezembro, data estipulada para a segunda parte do rendimento adicional.
A parcela mais expressiva do 13º salário (50,1%) deve ser paga nos estados do Sudeste, região com maior participação relativa no PIB do país e que concentra a maioria dos empregos formais e aposentados e pensionistas. No Sul, devem ser pagos 16,7% do montante e no Nordeste, 15,9%. Já às regiões Centro-Oeste e Norte cabem, respectivamente, 9% e 5%.
Divisão
Dos cerca de 92,2 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados, 56,9 milhões (61,7%) são trabalhadores no mercado formal. Os aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS) equivalem a 34,2 milhões (37,1%). Além desses, aproximadamente 1,1 milhão de pessoas (1,2%) são aposentadas e beneficiárias de pensão da União (Regime Próprio).
Cálculo
Para o cálculo do pagamento do 13º salário em 2024, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego.
Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Fonte: O Tempo