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Operação “Armadilha Digital” expõe golpes realizados por influenciadores no Sul de Minas

Redação28 de novembro de 20245min0
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Polícia Civil realiza operação “Armadilha Digital” e desarticula esquema de sorteios fraudulentos por meio de Digitais Influencers em Passos

A Polícia Civil de Minas Gerais, através da Delegacia de Fraudes Cibernéticas em Passos (MG), deflagrou nesta quarta-feira (27) a operação “Armadilha Digital”, que desarticulou uma associação criminosa especializada em aplicar golpes por meio de sorteios e rifas fraudulentos divulgados em redes sociais.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão contra os investigados envolvidos no esquema. Durante a ação, diversos veículos e bens de luxo foram apreendidos, evidenciando a expressiva movimentação financeira gerada pelas fraudes. No total foram 3 automóveis, 10 motocicletas e 1 jet-ski.

Além dos golpes, as investigações revelaram que os suspeitos praticavam também crimes contra a economia popular, ao explorar a boa-fé de participantes com promessas de prêmios de alto valor, como carros de luxo e grandes quantias em dinheiro. Contudo, os sorteios eram manipulados ou sequer realizados, configurando um esquema para obtenção de vantagens ilícitas.
O delegado de polícia, Felipe Capute, detalhou como funcionava a estrutura fraudulenta.

“Os investigados criavam perfis em redes sociais e, sob a aparência de influenciadores digitais com milhares de seguidores, exibiam itens de luxo e anunciavam oportunidades aparentemente imperdíveis. Prometiam prêmios caros, como veículos de luxo e quantias expressivas de dinheiro, bastando que os seguidores adquirissem cotas por valores simbólicos. Essa prática, no entanto, ocultava uma fraude sofisticada e bem articulada, com o único objetivo de obter dinheiro das vítimas. Os sorteios, muitas vezes, sequer ocorriam de forma legítima. Em alguns casos, o prêmio nem existia, e em outros, o suposto ganhador era um cúmplice, criando uma falsa entrega para passar credibilidade e manter o esquema funcionando. Sem qualquer auditoria ou transparência, os envolvidos manipulavam os resultados, embolsando quantias significativas arrecadadas com a venda de centenas ou até milhares de cotas. Esses influenciadores exploravam a confiança e o desejo das vítimas de conquistar algo valioso com um pequeno investimento, transformando redes sociais em um palco para encenar golpes planejados. Essa investigação é fundamental para impedir que outros usuários sejam lesados por essa associação criminosa”, citou o delegado.

As investigações continuam para identificar outros integrantes da associação criminosa e apurar crimes conexos, como lavagem de dinheiro, que pode ter sido utilizada para ocultar a origem dos recursos obtidos com as fraudes.

Foto: divulgação/Polícia Civil
Foto: divulgação/Polícia Civil
Fonte: Folha Regional

Redação


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