Gripe lidera mortes por síndrome respiratória em idosos, aponta Fiocruz
A gripe, causada pelo vírus influenza A, se tornou a principal responsável pelas mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre idosos no Brasil. Entre as crianças , o vírus também aparece como uma das três principais causas de óbito. O alerta foi divulgado nessa última quinta-feira (15) no boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) .
Além do aumento das internações por influenza A, o boletim aponta níveis moderados a altos de circulação do vírus em estados do Centro-Sul, Norte e Nordeste. Em algumas regiões do Centro-Oeste e Sudeste, casos de SRAG associados ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças pequenas mostram sinais de desaceleração, mas a incidência continua elevada.
“Apesar disso, ainda não é o momento de relaxar os cuidados nessas regiões, já que a incidência de casos continua alta ou moderada”, afirma Tatiana Portella, pesquisadora do InfoGripe. Segundo ela, a taxa de mortalidade por SRAG entre crianças pequenas já se aproxima da registrada em idosos.
Nos idosos, o vírus da influenza A aparece como a principal causa de morte por SRAG, seguido pela Covid-19. Entre as crianças, o VSR lidera, com rinovírus e influenza A também contribuindo significativamente para os óbitos.
Diante desse cenário, a Fiocruz reforça a importância da vacinação contra a gripe , especialmente para os grupos mais vulneráveis. Tatiana recomenda inclusive, o uso de máscaras em locais fechados, unidades de saúde e situações com aglomeração, principalmente em caso de sintomas gripais.
Avanço dos casos
O boletim registra aumento de SRAG em diferentes faixas etárias. Nas crianças pequenas, a maioria dos casos está ligada ao VSR. Entre jovens, adultos e idosos, a principal causa do crescimento é o vírus influenza A.
Atualmente, 15 estados estão em nível de alerta, risco ou alto risco para SRAG, com tendência de crescimento: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Outros oito estados, como Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Sergipe e Rio Grande do Norte, também apresentam altos níveis de incidência, mas sem tendência de aumento a longo prazo.
Fonte: Itatiaia