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Pesquisadores do IFSULDEMINAS Campus Muzambinho transformam cigarras em farinha rica em proteína

Redação4 de novembro de 20254min0
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Projeto sustentável busca controlar pragas no café e reduzir uso de inseticidas nas lavouras, com apoio da Cooxupé

Pesquisadores do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho estão desenvolvendo um projeto inovador que alia sustentabilidade e tecnologia no controle de pragas nas lavouras de café. A iniciativa propõe transformar cigarras capturadas no campo em uma farinha rica em proteína, que poderá ser utilizada na nutrição animal.
As informações são do portal G1.

Com apoio da Cooxupé, o projeto utiliza armadilhas sonoras para atrair os insetos e, assim, reduzir o uso de inseticidas químicos. Após serem coletadas, as cigarras passam por um processo de desidratação e são transformadas em um pó nutritivo, atualmente em análise no laboratório do campus para determinar seu potencial como fonte alimentar.

De acordo com o professor de cafeicultura Felipe Campos Figueiredo, as armadilhas atuam em um momento importante do ciclo de vida das cigarras.

“Agora que ela sai do solo para se reproduzir e canta para atrair parceiros, o maior prejuízo já aconteceu, porque as ninfas ficam todo ano no solo, sugando e enfraquecendo a planta. Existem várias formas de combate, inclusive químico, e técnicas como essa, que capturam os insetos que estão voando e evitam nova reinfestação”, explicou.

O professor de entomologia Daniel Chiaradia Oliveira reforça que a proposta também tem foco na sustentabilidade da cafeicultura.

“O objetivo dela é controlar com inseticida. Chegando aqui no campus, tivemos a ideia de utilizar essa máquina como uma forma a mais, pensando em sustentabilidade e na redução de resíduos químicos no café. Os testes que estamos fazendo aqui usam apenas água”, destacou.

A coleta das cigarras ocorre em um período curto, entre 40 e 60 dias, quando os insetos deixam o solo para se reproduzir. Após esse processo, elas são desidratadas no laboratório de entomologia do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho, onde se transformam em uma farinha de alto valor nutritivo.

O estudante de engenharia agronômica Washington José Martins explica que os estudos laboratoriais seguem em andamento.

“Já foi feita uma análise bromatológica que detectou mais de 70% de proteína. Agora falta identificar os aminoácidos presentes para indicar o uso na nutrição animal”, afirmou.

A pesquisa representa mais um avanço do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho no desenvolvimento de soluções sustentáveis para a agricultura regional, unindo ciência, inovação e compromisso ambiental.

Informações: G1 Sul de Minas

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