Gripe K: o que é a nova variante e por que ela preocupa a OMS


Uma nova variante da influenza, conhecida popularmente como gripe K, está nos centros das atenções de autoridades médicas em todo mundo. Com poder maior de disseminação, a circulação do subclado K cresce rapidamente na Europa, Ásia, Estados Unidos e Canadá, o que fez com que a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde) emitissem alertas orientando países a aumentarem a vigilância do vírus e promover a vacinação em grupos de riscos, principalmente idosos.
Com a chegada da variante no Brasil, com um caso até então isolado no Pará, centenas de dúvidas acerca da gripe K circulam nas redes sociais. O alerta para uma suposta nova pandemia preocupa a sociedade, entretanto a médica afirma que vacinas já disponíveis na rede pública de saúde são suficientes para o controle da gravidade de casos da variante.
Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica tudo sobre a gripe K e por que brasileiros devem ficar em alerta, mas sem pânico:
“Na verdade, Gripe K é o apelido que foi dado para uma sub variante da influenza A-H3N2. Ela tem mutações suficientes a ponto de causar um impacto diferente, uma aceleração no aparecimento da temporada de gripe e uma maior disseminação. De modo geral, a influenza A-H3N2 tem uma tendência a causar doença mais grave em idosos, mas não existe nenhum dado até o momento de maior gravidade especificamente desse vírus subclado K. Ele trouxe uma maior disseminação, um escape parcial da resposta imune gerada por doença anterior ou por vacina, então ele está tendo a chance de disseminar e causar um impacto maior”, explica a especialista.
Precaução e vacina
Ainda segundo Levi, a vacinação é a principal forma de prevenção, mesmo que ela não tenha sido feita especificamente para esse tipo de gripe: “A vacinação é a nossa principal ferramenta de prevenção da influenza, mesmo que haja um escape imunológico parcial. Então, sim, a gente deve tomar essa vacina. Ela não é específica para esse influenza H-3N2, que sofreu mutações e que foi classificada como subclado K, porém a gente espera ainda esse benefício”.
Outras medidas de controle também são indicadas pela médica, como isolamento dos indivíduos que estão com sintomas gripais e uso de máscaras.
A gripe K é grave?
A variante tem maior poder de transmissão e fez com que tivesse uma antecipação da circulação da doença na Europa. O pico no Brasil é previsto para 2026.
“Esse vírus começou a circular lá cinco semanas antes, porém não existe até o momento evidência de maior gravidade dos sintomas clínicos. Até o momento, a gente não tem essas evidências, estão sendo monitoradas, mas quando a gente tem mais casos, obviamente você vai ter mais internações, mais sobrecarga do sistema de saúde, você vai ter mais necessidade de leitos de UTI e maior mortalidade quando você tem um número mais expressivo de casos”, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Grupos de risco:
- Idosos
- Cardiopatas
- Pneumopatas,
- Diabéticos
- Imunocomprometidos
- Crianças pequenas
- Gestantes,
- Mulheres amamentando
Sintomas:
Os principais sintomas da gripe K são os mesmos de uma gripe comum:
- Febre alta (acima de 38°C)
- Calafrios
- Dor de cabeça
- Dores musculares e nas articulações
- Cansaço intenso e prostração
- Tosse seca
- Dor de garganta
- Coriza ou nariz entupido
- Mal-estar geral
“A principal recomendação médica é de que os indivíduos fiquem atentos aos sintomas de gripe, particularmente os vulneráveis. Procurem para a Assistência Médica, para avaliar a necessidade do antiviral que nós temos aqui na Rede SUS”, finaliza a especialista.
Fonte: O Tempo


















