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Entenda o que muda com as novas regras do cheque especial

Julia Toledo4 de julho de 20184min0
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Conjunto de novas normas do cheque especial entra em vigor no início de julho com a intenção de reduzir os juros da modalidade de crédito.

No mês de julho começam a valer as novas regras anunciadas em abril para o cheque especial. O objetivo com a medida definida pelos próprios bancos é reduzir o índice de inadimplência nessa modalidade e, assim, conseguir uma redução nos juros.

Entre o que foi estabelecido pelas novas regras, os bancos deverão avisar automaticamente quando o cliente utilizar o cheque especial e ficar negativado na conta corrente. Como uma das novas ações para promover a orientação financeira, esse alerta informará sobre a contratação do produto e reforçará que ele deve ser usado apenas em situações emergenciais.

Já para os clientes que usarem mais de 15% do limite da conta ao longo de um mês, o banco entrará em contato para oferecer espontaneamente alternativas de crédito mais baratas, a fim de possibilitar o financiamento da dívida. Caso o consumidor não aceite a oferta fornecida e permaneça utilizando o produto, a instituição financeira voltará a fazer a mesma proposta 30 dias depois.

Alternativas ao cheque especial também deverão ser disponibilizadas aos seus usuários a qualquer momento e independentemente do valor utilizado. Basta que os clientes entrem em contato com o banco e perguntem sobre opções mais vantajosas para o pagamento do saldo devedor.

Esse conjunto de novas regras pretende diminuir o número de inadimplentes nessa modalidade de crédito e, assim, conseguir reduzir os juros – que atingiram média de 321% ao ano em abril. Ele traz, porém, o risco de que o cliente opte pelo financiamento da dívida do cheque especial, mas, no mês seguinte, retorne para a modalidade inicial de crédito. Se isso acontecer, ele deixará de ter uma única dívida para trocá-la por duas e, talvez, futuramente, por mais. Por isso, alguns especialistas e planejadores financeiros temem que a alteração das normas eleve o índice de superendividamento, situação em que mais de 50% da renda está comprometida com débitos.

“As mudanças tendem a diminuir o valor pago em juros, mas isso não significa que a modalidade seja indicada quando a pessoa precisa de dinheiro”, alerta o CEO do aplicativo de finanças GuiaBolso, Thiago Alvarez. Para casos emergenciais, um empréstimo consignado ou online podem oferecer taxas de juros muito mais atrativas para o consumidor.

O crédito consignado oferece, em média, uma taxa de juros de 2% ao mês, mas não é oferecido a todas as pessoas. Empréstimos online possuem taxas que começam em 1,9% ao mês. “O segredo é pesquisar e comparar o custo efetivo total (CET), quanto de fato a pessoa irá pagar, e não só a taxa de juros”, recomenda Alvarez.

 

Fonte: G1.com.br

Julia Toledo


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