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Formação profissional é crucial para elevar produtividade no Brasil, afirma especialista

Redação2 de fevereiro de 20195min0
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O especialista afirma que ao longo dos mais de 50 anos de experiência visitando instituições de ensino pelo país, as escolas do SESI e do SENAI sempre se destacaram como exemplo a ser seguido.

Um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e divulgado pelo jornal “O GLOBO”, no ano passado, revelou que o Brasil precisa melhorar a produtividade do trabalho. De acordo com o levantamento, o país está na 50ª posição em uma lista com 68 economias, quando é levado em conta a eficiência dos trabalhadores.

Conforme o estudo, um empregado brasileiro gera, em média, US$ 16,80 por hora trabalhada. Em países como a Alemanha, por exemplo, os funcionários produzem US$ 64,40 por hora, e trabalham, em média, 340 horas menos por ano que o trabalhador no Brasil. Isso significa que os alemães são quase 4 vezes mais produtivos que os brasileiros.

O sociólogo e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Pastore, que estuda as relações de trabalho há mais de 50 anos, explica que a boa formação profissional é um fator crucial para a elevação da produtividade do trabalho no Brasil.

“Enfim, produtividade não é tudo para o crescimento, mas é quase tudo. Uma das coisas que o Brasil mais precisa no momento é melhorar a produtividade do trabalho. E no que entra na produtividade? Muitos fatores, entre os principais está a qualidade do trabalho. Com isso os salários sobem, gera-se mais emprego, as empresas competem melhor, vendem mais, os preços caem, a competitividade do país aumenta”.

O especialista afirma que ao longo dos mais de 50 anos de experiência visitando instituições de ensino pelo país, as escolas do SESI e do SENAI sempre se destacaram como exemplo a ser seguido.

“Nunca vi uma escola dessa pichada, desleixada, com greves, com trabalhos por fazer. Ao contrário. Sempre os professores estão lecionando e utilizando equipamentos dos mais avançados possíveis para poder atualizar o aluno de acordo com novas tecnologias”.

José Pastore acredita, ainda, que as escolas da rede SESI e SENAI podem servir de modelo para as instituições da rede pública, na implementação de um sistema de educação de qualidade.

O problema é que até mesmo o ensino oferecido por estas instituições pode estar, em parte, ameaçado. Isso porque o governo federal tem sinalizado que irá executar cortes de 30% a 50% nas verbas repassadas a instituições do sistema S, do qual fazem parte o SESI e o SENAI.

Somente o Serviço Social da Indústria (SESI), por exemplo, conta uma rede de escolas de que beneficia 1,2 milhão de jovens com educação básica, principalmente de famílias de trabalhadores da indústria. Além disso, oferece prestação de serviços de saúde que inclui desde a oferta gratuita de vacinas a exames de mamografia para trabalhadoras, por exemplo. Um corte nos recursos deste sistema pode acarretar na falta de atendimento para 1,2 milhão de pessoas, que teriam que buscar os serviços na rede pública ou custeá-los na rede particular, segundo informações do próprio SESI.

Reportagem, João Paulo Machado – Agência do Rádio

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