Bolsonaro entrega proposta de reforma da Previdência ao Congresso Nacional
O presidente Jair Bolsonaro entrega nesta quarta-feira, 20, proposta de reforma da Previdência ao Congresso Nacional. A informação foi confirmada pelo porta-voz do governo Otávio do Rêgo Barros. O presidente irá pessoalmente ao local, acompanhado de ministros.
A expectativa é de que os esclarecimentos sobre o texto sejam feitos pela equipe técnica do Ministério da Economia após a entrega da proposta, com o secretário de Previdência, Rogério Marinho, e o secretário Leonardo Rolim. Junto ao ministro Paulo Guedes (Economia), eles também devem se reunir com líderes e governadores.
Termo ‘reforma’ some das peças publicitárias
O governo quer evitar na campanha publicitária o uso da palavra “reforma” para se referir à proposta de endurecimento nas mudança nas regras das aposentadorias e pensões.
Com o slogan “Nova Previdência: Justa para todos. Melhor para o Brasil”, a ideia é reforçar que as medidas atingem a todas as categorias, que precisarão dar sua “cota de sacrifício” para a sustentabilidade das contas públicas. Outro enfoque será no fim dos “privilégios” de alguns grupos. A campanha, que será produzida pela agência Artplan.
Antes da crise política, a ideia era que o próprio presidente Jair Bolsonaro fosse o garoto-propaganda para explicar à população os principais pontos da reforma. Para a equipe, o apoio de mais de 57 milhões de votos e a penetração que o presidente tem nos canais digitais pode evitar os erros de comunicação assumidos pelo governo anterior.
O auditório onde ocorrerá a entrevista coletiva dos pontos da reforma da Previdência já está montado com o slogan da campanha pela aprovação da proposta: “Nova Previdência é para todos. É melhor para o Brasil.” O mote evita a palavra “reforma”.
A ideia é mostrar que as medidas atingem a todas as categorias, que precisarão dar sua “contribuição de sacrifício” para a sustentabilidade das contas públicas. (Idiana Tomazelli, Eduardo Rodrigues e Adriana Fernandes)
Segundo fontes que acompanham a negociação do texto da reforma da Previdência, o presidente mexeu pouco na proposta apresentada pela equipe econômica. Concordou em manter o alcance das mudanças para todas as categorias da iniciativa privada e do setor público, incluindo militares e políticos, para barrar as resistências de grupos organizados que já se formam no Congresso em meio a uma base aliada ainda desorganizada na Câmara.
Na versão do texto discutida até terça-feira à noite, ficou definida a exigência de 40 anos de contribuição para que os segurados do INSS recebam 100% do salário de contribuição, desde que respeitado o teto do INSS (hoje em R$ 5,839 mil). (Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli)
Hoje o governo apresenta a proposta de reforma da Previdência que será enviada ao Congresso Nacional. O presidente Jair Bolsonaro deve entregar pessoalmente o texto aos parlamentares.
Logo após, o Ministério da Economia concederá uma entrevista coletiva às 10h15. A participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, não está prevista na coletiva. Eles devem participar da reunião com os governadores, que também ocorre pela manhã desta quarta-feira.
Na entrevista que vai detalhar os pontos da reforma estarão o secretário especial adjunto de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o secretário de Previdência, Leonardo Rolim e o secretário-adjunto de Previdência, Narlon Gutierre.
Também estarão presentes o Procurador-Geral Adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União e do FGTS, Cristiano Neuenschwander, e o diretor de Programa da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, Felipe Portela.
Fonte: Estadão.com.br