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Conheça família de BH que foi do Brasil ao Alasca de motorhome

Redação23 de junho de 20195min0
FamiliaMotorhome
Casal percorre o continente com os filhos e revela as maravilhas e apertos que a família passou nos dois anos de estrada. Agora, é conhecer o Brasil por inteiro

A jornada de dois anos até o Alasca da família Duarte deu nova perspectiva de vida e mudou a relação com o mundo (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Uma família de Belo Horizonte planejou percorrer o continente americano a bordo de um motorhome, mas o que parecia uma dificuldade, que foi ficar sem eletricidade por seis meses devido a problemas técnicos, uniu pais e filhos e os iniciou numa viagem que pode não ter mais fim, sempre na estrada, sempre juntos. Essa percepção de uma vida mais participativa e empírica motivou o filho mais velho, Leonardo Duarte, de 17 anos, a palestrar para alunos da sua idade e mostrar essa perspectiva diferente de encarar o mundo e de se desenvolver. Nesses dois anos de estradas, a família colecionou muitas aventuras, mas também dificuldades. Nada que não pudessem superar. O motorhome foi vendido e uma caminhonete 4×4 foi comprada e adaptada para as novas aventuras dos quatro, agora, pelo Brasil, do Chui ao Oiapoque pelo litoral. “Não dá mais para encarar aquela rotina estabelecida quando a gente vê que ter muitas coisas não é importante. Outras coisas mais intensas que existem pelo mundo, junto à família, é que são importantes”, disse a jornalista Carla Damiani, de 37 anos, que viajou com o marido, o advogado Fernando Duarte, de 41, e os filhos Leonardo Duarte, de 17, e Raphael Duarte, de 10.

jornada do Brasil até o Alasca levou dois anos. Antes de deixar a casa em BH alugada e partir para a aventura, muitos medos pairavam. “No Brasil, a gente sempre está protegido pela casa. Para a viagem se tornar econômica foi fundamental dormir sempre no carro e isso trouxe dúvidas”, disse Carla. Uma das saídas que Fernando buscou para contornar essa preocupação foi procurar estacionar o caminhão transformado em casa sempre perto de alguma autoridade de segurança pública. “O mais importante é procurar um local tranquilo e que tenha segurança, usando também aplicativos que trazem informações para viajantes. Parávamos sempre em frente a quartéis da polícia, dos bombeiros ou outros locais seguros”, afirma.

Ainda assim, todo esse cuidado não foi suficiente para manter criminosos afastados. Logo aos dois meses de viagem, quando ainda estavam no Peru, a família acabou sendo furtada. Eles tinham deixado o veículo na frente do Exército apenas pelo tempo necessário para ir a um supermercado, mas bandidos arrombaram as portas e roubaram quatro mochilas. “Era praticamente tudo o que a gente tinha e todos os nossos documentos. Ficamos sem os passaportes que tinham vistos e também os documentos de entrada no Peru, sem os quais não poderíamos nem deixar do país”, conta Carla. A solução foi tentar tirar a segunda via pela internet do que era possível. Quando ficaram prontos, a família no Brasil enviou a documentação para eles. “Tivemos de viajar até Lima, só com o boletim de ocorrência da polícia. Fomos à embaixada brasileira onde pagamos por novos documentos. Passamos por todo o processo de vistos de novo nas embaixadas norte-americana e canadense, regularizando a nossa situação na emigração peruana para deixar o país”, conta Fernando.

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Fonte: em.com.br

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