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‘O número de casos pode aumentar’, diz Saúde sobre síndrome nefroneural causada por cerveja

Redação17 de janeiro de 20207min0
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Até 16 de janeiro, foram notificados 18 casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol, substância encontrada em cervejas da Backer

subsecretário de Vigilância em Saúde em exercício, Felipe Laguardia, afirmou que o número de casos da síndrome nefroneural causada pela ingestão de cerveja contaminada pode ser maior. “O número de casos pode aumentar. Aumentamos a sensibilidade de nossa investigação”, afirmou o subsecretário em entrevista coletiva na cidade administrativa na sexta (17). A força-tarefa que atua na investigação da intoxicação por dietilenoglicol ampliou para outubro do ano passado a ocorrência de casos que podem ser incluídos. Também houve uma mudança no protocolo pelas autoridades de saúde que passam a tratar da síndrome neofroneural com “intoxicação exógena por dietilenoglicol.”

Até 16 de janeiro, foram notificados 18 casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol. Desses pacientes, 16 são do sexo masculino e dois do sexo feminino. Quatro casos suspeitos foram confirmados, sendo uma deles de uma pessoa que morreu. Dos quatro óbitos, apenas um foi confirmado até o momento por intoxicação pelo dietilenoglicol.

De acordo com o secretário-adjunto de saúde Marcelo Cabral, as análises para identificar o dietilenoglicol no organismo dos pacientes são complexas e apenas a Polícia Civil de Minas Gerais, no estado, detém a tecnologia. “A resposta e o esforço do estado tem sido eficaz”, afirmou Marcelo. A tecnologia de análise está sendo repassada à Secretaria de Estado da Saúde para dar mais celeridade ao diagnóstico.

O Ministério da Agricultura e Pecuária identificou contaminação por mono e dietilenoglicol em mais seis rótulos da cervejaria Backer, além da Belorizontina: Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2. A ingestão da substância está associada ao surto de síndrome nefroneural com 18 notificações já computadas pela Secretaria de Saúde em Minas (SES), que é investigado por uma força-tarefa que inclui a Polícia Civil e autoridades das áreas de saúde e vigilância de Minas e do governo federal. Quatro pacientes morreram. Ontem, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu um mandado de busca e apreensão em uma distribuidora que fornece o monoetilenoglicol para a cervejaria Backer, em Belo Horizonte. A empresa fiscalizada é a Imperquímica, localizada no Vila Paris, em Contagem, na região metropolitana.

O Mapa informou, por meio de nota publicada na tarde de ontem, que identificou a presença dos contaminantes monoetilenoglicol dietilenoglicol em outras marcas da Backer, além da Belorizontina e da Capixaba já informadas anteriormente. Até o momento, as análises realizadas pelos laboratórios constataram 21 lotes com dietilenoglicol. Desses, oito também têm monoetilenoglicol. Ainda de acordo com o ministério, equipes continuam “atuando nas apurações administrativas para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e tomando as medidas necessárias para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas”. O Mapa também reiterou que a Backer continuará fechada até que a empresa tenha “condições seguras” para operar. Os produtos, conforme a pasta, só serão comercializados “mediante análise a aprovação” de técnicos do governo federal.

(foto: Arte EM)

O último óbito associado ao caso ocorreu ontem: Milton Pires, de 89 anos, fundador do Bar Baiuca, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul da capital, faleceu no Hospital Mater Dei, onde deu entrada no início desta semana. O corpo dele foi levado ao Instituto Médico-Legal para exames de necropsia. Segundo um filho de Milton, que se identificou somente como Elton, o pai tomou a cerveja dentro do próprio bar na semana passada. Ele afirma que todo estoque do estabelecimento de rótulos da Backer já foi “encaixotado” e o fornecedor substituído.

Ontem, a Secretaria de Estado de Saúde incluiu oficialmente na lista de notificações por intoxicação ligada às cervejas Backer a morte de uma moradora de Pompéu, na Região Central de Minas Gerais. Ela faleceu com os sintomas semelhantes aos da intoxicação exógena causadora da síndrome nefroneural, dias depois de ingerir a cerveja Belorizontina em 19 dezembro, na casa de parentes, em Belo Horizonte. No Natal, a mulher deu entrada no pronto-atendimento da Santa Casa de sua cidade natal, onde perdeu a vida três dias depois, em 28 de dezembro. O Estado de Minas apurou que a mulher se chama Maria Augusta e tinha 60 anos. (Com informações de Gabriel Ronan, Cristiane Silva, Larissa Ricci, Marcelo da Fonseca e Déborah Lima)

Fonte: EM.com.br

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