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Volta da fome pressiona e governo lança estímulo a doações de alimentos

Redação11 de novembro de 20215min0
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Programa 'Brasil fraterno – Comida no prato' é lançado no Palácio do Planalto para facilitar doações de alimentos por empresas com redução do ICMS

A popularidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está sendo pressionada pela volta da fome e alta da inflação.

Nesta quinta-feira (11), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou alta de1,25% em outubro, maior índice desde 2002, e acumula, em 12 meses, alta de 10,67%.

Todos os grupos e serviços pesquisados registraram alta, como o preço dos combustíveis, o setor de transportes e o setor de vestuário. No grupo dos alimentos e bebidas, a alta foi de 1,17%.

Sem conseguir controlar a inflação, o governo tem buscado saídas para melhorar a imagem política de Bolsonaro, deixando-o mais fortalecido para a disputa de 2022.

Entre essas saídas está o programa lançado nesta quinta-feira pelo Ministério da Cidadania no Palácio do Planalto, o “Brasil Fraterno – Comida no Prato”.

O objetivo do programa é facilitar doações de alimentos por empresas a instituições habilitadas para recebê-los, como bancos de alimentos, dando às empresas um forte incentivo fiscal: há possibilidade de total isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), de acordo com a pasta comandada por João Roma.

Em seu discurso, Bolsonaro começou atrelando a fome ao serviço militar, pois, segundo o presidente, os militares sabem o que é passar necessidade e restrições alimentares.

“Temos consciência das 17 milhões de pessoas com necessidade. Se mostra na imprensa um caminhão de osso e pessoas pegando osso. Mas nada vai ser feito sem responsabilidade”, declarou o presidente em referência ao teto de gastos. “Então essa proposta [programa de doação de alimentos] é excelente, porque desperdiçamos 30% dos nossos alimentos”, acrescentou.

Ao lembrar que o Brasil alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no planeta, João Roma alega que não entende a fome no país: “Não existe escassez de alimentos no Brasil. Como ainda convivemos com esse flagelo de pessoas passando fome no século 21? É inadmissível. Todas as ações têm que ser voltadas para superar essas pautas”.

Auxílio Brasil ainda está no papel

O combate à insegurança alimentar também tem motivado articulações para viabilizar um auxílio temporário de R$ 400 – o Auxílio Brasil, programa de renda básica familiar que toma o lugar do Bolsa Família – previsto até o fim do mandato, em dezembro de 2022.

No entanto, o Auxílio Brasil ainda é uma promessa no papel. O pagamento mínimo de R$ 400 para mais de 17 milhões de pessoas exige um gasto bilionário do governo que extrapola a regra fiscal do teto de gastos.

Por isso, para que seja concretizado o pagamento, o governo Bolsonaro depende da celeridade dos senadores na votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que foi aprovada na última terça-feira (9) na Câmara dos Deputados.

De acordo com o ministro Roma, o pagamento da parcela dos R$ 400 aos beneficiários do programa social, em dezembro, depende somente da “sensibilidade dos senadores”, pela qual o governo tem trabalhado. A primeira parcela, no entanto, começará a ser paga na próxima semana, no dia 17.

O ministro também reforçou que não será necessário que os beneficiários do Bolsa Família façam novo cadastro para serem contemplados no Auxílio Brasil.

Em outro momento de seu discurso, Bolsonaro mencionou a PEC dos Precatórios, dizendo que “ninguém quer dar calote em ninguém”.

“Não é PEC do calote. Precatório virou um negócio. Em que pese a nossa economia estar indo bem, não queremos mexer na economia, seja para beneficiar quem quer que seja, porque todo mundo perde com isso, dólar aumenta, impacta no preço dos combustíveis”, justificou Bolsonaro.

Fonte: O Tempo

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