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Governo volta atrás em corte de verba milionária das universidades federais

Redação1 de dezembro de 20223min0
Prédio do Ministério da Educação
Muitas universidades têm atrasado contas de luz e dizem que não tem como manter os serviços, bolsas e até pagamentos de salários com os cortes sucessivos promovidos pelo governo atual

O governo de Jair Bolsonaro (PL) voltou atrás nos bloqueios de verba às universidades federais. Elas passaram a receber os recursos na manhã desta quinta-feira (1º), contrariando a medida tomada na segunda-feira (28) e que havia travado cerca de R$ 1,4 bilhão na área da Educação, sendo R$ 344 milhões de instituições de ensino superior. Ainda não foi informado o motivo do recuo.

A informação sobre a liberação das verbas foi confirmada pela associação que reúne reitores das federais (Andifes). A entidade, no entanto, não descartou o temor com um novo corte. Em nota, afirmou que “seguirá atenta aos riscos de novos cortes e bloqueios e manterá o diálogo com todos os atores necessários, no Congresso Nacional, governo, sociedade civil e com a equipe de transição do governo eleito para a construção de orçamento e políticas necessárias para a manutenção e o justo financiamento do ensino superior público”

Na semana passada, a Andifes havia afirmado que o corte inviabilizava “as finanças de todas as instituições” e reclamado do bloqueio de dinheiro durante o jogo da seleção brasileira contra a Suíça pela Copa do Mundo.

Muitas universidades têm atrasado contas de luz e dizem que não tem como manter os serviços, bolsas e até pagamentos de salários com os cortes sucessivos promovidos pelo governo.

Na terça-feira (29), o Ministério da Educação (MEC) informou, em nota, que recebeu a notificação do Ministério da Economia a respeito dos bloqueios orçamentários realizados. “É importante destacar que o MEC mantém a comunicação aberta com todos e mantém as tratativas junto ao Ministério da Economia e à Casa Civil para avaliar alternativas e buscar soluções para enfrentar a situação”, apontou a pasta.

Já o Ministério da Economia, no mesmo dia, afirmou que foi indicada no relatório de receitas e despesas do quinto bimestre uma “necessidade de bloqueio de R$ 5,67 bilhões para cumprimento do teto de gastos, em virtude do aumento da projeção de despesas obrigatórias”.

(Com Estadão Conteúdo)

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