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Pandemia acelerou envelhecimento do cérebro de adolescentes, afirma estudo

Redação14 de dezembro de 20225min0
Handsome young man in white t-shirt posing with clock against blue background
De acordo com estudo, a pandemia causou um envelhecimento precoce do cérebro de jovens em cerca de três anos

A pandemia e o consequente isolamento social foram extremamente prejudiciais para a saúde mental da sociedade como um todo, no entanto, esses impactos negativos podem ser mais intensos entre os adolescentes.

 

É o que indica a nova pesquisa realizada por um grupo de cientistas da Universidade Stanford, nos Estados Unidos e publicado pela revista científica Biological Psychiatry: Global Open Science, que afirma que o isolamento social causado pela pandemia estimulou o envelhecimento precoce de cerca de três anos nos jovens.

 

O estudo analisou dados de ressonâncias magnéticas de um grupo de 128 adolescentes durante o primeiro ano de pandemia, e identificou alterações no desenvolvimento de áreas importantes do cérebro como o hipocampo, amígdala e córtex cerebral, responsáveis por funções como memórias, sentimentos, linguagem e percepção social.

 

Essas alterações estão normalmente relacionadas a situações traumáticas como violência, dependência e disfunções familiares, causando geralmente doenças como depressão, ansiedade, doenças cardíacas e dificuldade em lidar com emoções.

Esse envelhecimento acelerado pode causar uma série de problemas durante a vida dos jovens, como alerta o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela.

O envelhecimento precoce do cérebro de adolescentes é uma situação séria pois desenvolve de forma anormal áreas do cérebro responsáveis por importantes funções, como a formação de memórias e regulação de emoções, ter alterações nessas funções pode significar uma estimulação ainda maior ao aumento de casos de ansiedade e depressão entre os jovens” Ressalta.

 

O estudo não indicou se as alterações são permanentes, no entanto, as mudanças não foram identificadas em grupos de outras faixas etárias, de acordo com os responsáveis pela pesquisa, após os participantes completarem 20 anos, serão reanalisados para identificar como os impactos se mantêm ao longo do tempo.

Sobre o Dr. Fabiano de Abreu

Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS. Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558 Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664 Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852

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