Brasil goleia na estreia da Copa em jogo brilhante de Ary Borges

A Seleção Brasileira goleou o Panamá por 4 a 0 na estreia na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. Em jogo marcado por cenas de emoção, quem brilhou foi Ary Borges. A meio-campista marcou três gols e deu uma assistência para Bia Zaneratto balançar a rede. Com o resultado, o Brasil é o líder do Grupo F, com três pontos. França e Jamaica dividem a segunda posição com um ponto – empataram por 0 a 0 -, e Panamá aparece em último.

O jogo

A comoção bateu cedo, no hino nacional. Enquanto estavam perfiladas, as jogadoras do Panamá caíram no choro. O motivo é nobre. É a primeira vez que o adversário do Brasil joga a Copa do Mundo.

As comandadas pelo técnico mexicano Ignácio Quintana, o mais jovem treinador do Mundial com 36 anos, começaram a construir a história do país no torneio. Mas, dentro de campo, não tiveram espaço.

O Brasil apresentou as credenciais logo no primeiro minuto. Em jogada rápida, o toque de Adriana parou na goleira panamenha. A Seleção trabalhou com a bola no meio, o que não impediu que as laterais jogassem de forma ofensiva. Antônia, por exemplo, arriscou um chute na entrada da área aos 5 minutos.

O Brasil martelou antes de abrir o placar. Finalmente, aos 18 minutos, a coroação. Debinha cruzou na cabeça de Ary Borges: festa brasileira seguida de emoção e dancinha. A camisa 17 do Brasil se ajoelhou e não conseguiu segurar as lágrimas. Marcou gol logo no primeiro jogo em Copas. Em seguida, honrou a referência Marta. Ao lado de Kerolin, dançou em homenagem à rainha.

A pressão continuou. Teve pancada de Kerolin no travessão, lançamentos longos, mas um problema recorrente: falta de eficiência nos últimos detalhes.

Aos 38 minutos, o torcedor brasileiro comemorou de novo. No primeiro gol, Tamires iniciou a construção da jogada. Agora, deu o passe na cabeça de Ary Borges. A camisa 17 cabeceou em cima da goleira e marcou no rebote. Dessa vez, comemorou com as colegas de banco.

No segundo tempo, a história do jogo foi a mesma: a Seleção Brasileira dominou os fundamentos e as estatísticas.

Logo de cara, aos 47 minutos, saiu o terceiro gol. No puro estilo brasileiro. O Brasil trabalhou a bola desde o campo de defesa. Tamires lançou para Debinha, que tabelou com Adriana – com direito a toque de letra. Ao receber de volta, a camisa 9 cruzou nos pés de Ary Borges. Se enganou quem pensou que ela chutaria de esquerda. A camisa 17 rolou para trás e Bia Zaneratto, livre de marcação, finalizou.

A técnica Pia Sundhage mexeu pela primeira vez. Três alterações. Antônia, Bia Zaneratto e Debinha deram lugar à Bruninha, Gabi Nunes e Geyse.

O Brasil diminuiu um pouco a intensidade e viu o Panamá chegar com certo perigo pela primeira vez. Aos 53 minutos, em uma enfiada de bola, Letícia saiu da área e cortou o lançamento em um carrinho.

A chegada panamenha não assustou o time brasileiro. Aos 69 minutos, mais um gol da Seleção. Mais um gol de cabeça. Mais um gol de Ary borges, a estrela da primeira partida. Dessa vez, com assistência de Geyse.

Com o resultado garantido, mais duas alterações. Ary Borges deixou o campo com três gols e uma assistência. Luana também saiu. Marta, sob aplausos, e Duda Sampaio, entraram.

A Seleção Brasileira soube cadenciar a partida até o apito final. Em partida de fase de grupos, saldo de gols é importante para a classificação.

O próximo compromisso da Seleção Brasileira é no sábado (29/7), às 7h, pela segunda rodada do Grupo F, contra a França.

Fonte: No Ataque