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Pesquisadores mineiros fazem testes para que frutas de clima frio produzam também no sertão; entenda

Redação6 de março de 20248min0
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Amora e a framboesa se destacam na produção da agricultura familiar no sul de Minas. Estão em desenvolvimento pela Epamig oito pesquisas referentes a essas e outras frutas temperadas que são comercializadas a até R$ 200 o quilo

As frutas vermelhas como amora-preta, framboesa, mirtilo e ainda fisalis, pêssego e pêra têm ganhado destaque no Sul de Minas, pela boa adaptação ao clima frio da região e graças às pesquisas desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

O próximo passo, agora, de acordo com o pesquisador Emerson Gonçalves, é avaliar novas seleções de mirtilo para regiões de inverno ameno, ou seja, com temperaturas mais altas. “Nosso grande desafio é conseguir que essas frutas ultrapassem fronteiras e consigam ser cultivadas em regiões mais quentes”, explicou

As pesquisas com frutíferas temperadas no Campo Experimental de Maria da Fé começaram em meados de 2007, com a avaliação de variedades de amora-preta e mirtilo. Atualmente, outras oito pesquisas estão em desenvolvimento, todas dedicadas a verificar a adaptabilidade às condições do clima e do solo do Sul de Minas.

Temperatura-base da amora preta

Um dos projetos em andamento coordenado pelo pesquisador é a determinação da temperatura base de produção da amora-preta. “Determinando isso, nós vamos ter condições de dizer se a amora vai conseguir produzir em regiões mais quentes”.

Em outras pesquisas, Gonçalves já conseguiu observar que cultivares de framboesas e de amora-preta resistiram bem ao calor e apresentaram produção dentro de casas de vegetação, onde há ausência total de frio e as temperaturas podem chegar a 40ºC.

Os trabalhos também envolvem o tratamento com fertilizantes ou práticas culturais que viabilizem o desenvolvimento dessas frutas temperadas em outras regiões.

Alta produtividade em pequenas áreas

Gonçalves, que desenvolve trabalhos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), no Campo Experimental de Maria da Fé, explica que essas frutas possuem alta produtividade em pequenas áreas e demandam muita mão de obra para colheita, as podas e tratos culturais ao longo de seus processos de desenvolvimento.

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Amora in natura tem alto valor agregado.

Divulgação Epamig

Quem bem sabe disso é o produtor Francisco de Assis que começou a trabalhar com elas em 2012 e atualmente administra, junto com dois sócios, 25 mil pés de amora e 25 mil de framboesa. “Esse mercado é ótimo, principalmente quando conseguimos exportar as frutas in natura, que contêm alto valor agregado. Ao mesmo tempo, segundo o produtor, as frutinhas exigem muita dedicação, pois podem amadurecer da noite para o dia e abrir espaço para o surgimento de bichos e pragas”, destaca. Mesmo assim, ele garante que vale o investimento: as frutas vermelhas são vendidas, hoje, por até R$ 200 o quilo in natura e R$ 40 o quilo congelado.

Benefícios para a saúde são inegáveis

As frutas vermelhas também contribuem para a saúde da população. De acordo com Gonçalves, elas ajudam na prevenção de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, arteriosclerose, infecções, alguns tipos de câncer e na regulação hormonal, uma vez que são ricas em vitamina C e antioxidantes.

O pesquisador destaca que as frutas possuem componentes nutracêuticos, ou seja, ao alimentar-se dela, os nutrientes agem diretamente em benefício do organismo.

  • “Por exemplo, o mirtilo tem um apelo nutracêutico muito grande porque possui substâncias que atuam diretamente no trato ocular.
  • A fisalis é outra fruta que atua na diminuição do colesterol. Todos os alimentos que são escuros possuem um apelo nutracêutico muito grande e por isso fazem bem ao organismo”, explica o pesquisador.
  • “Quanto mais escura é a fruta, maior é seu teor de antocianina, e essa substância é boa para tudo que está relacionado à saúde humana”, destaca Gonçalves.

(*) Com informações da Epamig,

Fonte: Itatiaia

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