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O Princípio do Fim?

Redação13 de setembro de 20239min0
por Celso Ciampi

O desequilíbrio ambiental está dando suas caras da pior forma aqui no Brasil e em outros países pelo mundo, chuvas torrenciais, ciclones, calor insuportável, tragédias, que no momento, não teriam como ser evitadas. E no futuro, como estará a Terra?

Há muito tempo ambientalistas vêm falando sobre os desarranjos do planeta causados pelas ações dos homens, excesso de consumo, uso desmesurado de combustíveis fósseis, desmatamento, sujeira no oceano e toda sorte de degradação ambiental que a forma de viver do humano moderno causa. Que joga na atmosfera altas cargas de gás carbônico, que consome mais recursos naturais do que o planeta tem capacidade de repor sozinho, que não está nem aí para a natureza e, por tabela, para a sua vida.

As pessoas parecem que não entendem que esse negócio de meio ambiente não é coisa só dos “chatos ecologistas”, ou os ditos “ecochatos”, nem só de animais da floresta, mas sim de todos nós que habitamos o planeta, o homem é também um animal que depende do meio ambiente para sobreviver, mesmo vivendo no meio ambiente urbano, onde o leite vem na caixinha, a fruta é colhida nas bancas de supermercados e feiras, assim como as hortaliças, além dos grãos que chegam às mãos delas todos ensacados e processados, depois de serem cultivados pelos homens do campo, chamados de agricultores.

O desmatamento lá na Amazônia, muito longe de nós geograficamente, mas bem perto se olharmos por outro ângulo, é uma das causas do descontrole das chuvas, que em um lugar chove demais, em outro chove de menos, num lugar alaga, no outro seca. Sem contar que nesse inverno, que está chegando ao fim, pouco fez frio, parece que estamos em pleno verão, o me causa medo de quando ele de fato chegar, mas…

Todos nós sabemos, uns mais, outros menos, que a Floresta Amazônica é a caixa d’água do Brasil e de boa parte do mundo, pois as árvores transpiram, os vapores sobem, juntam-se com os vapores que vêm do oceano, formam os rios aéreos, que saem em direção à Cordilheira dos Andes, batem nas montanhas e voltam para o Brasil, distribuindo assim a água pelo país. Com menos árvores, há menos evaporação, acontece de formar menos rios aéreos e vir menos chuvas para cá. Mas, além das árvores que são cortadas lá na floresta, ainda tem o homem, consumindo petróleo, na forma de combustível em seus carros, caminhões, aviões, navios e usinas termelétricas, que também usam carvão mineral, uma mistura explosiva que joga milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera, que as poucas árvores existentes nas cidades e na Floresta Amazônica, não dão conta de filtrar, então esse gás tóxico chega lá no alto, destrói a camada protetora da terra, composta de ozônio, deixa os raios solares sem filtro, esses chegam com mais força na Terra, aquecem o Oceano Pacífico, que aquece o Atlântico, e junto com outros fenômenos naturais, formam os ciclones que destroem as cidades no Sul do Brasil nesse momento, e também em outros países com cada vez mais frequência. Não sei detalhar muito bem esses processos, não sou especialista nisso, mas é mais ou menos assim que acontece, segundo vejo por aí em explicações de meteorologistas.

E onde estamos todos nós, cidadãos do mundo, nisso tudo? Somos vítimas ou culpados? Estamos em ambos os lados, somos vítimas de nossas culpas, pois quem de nós não consome recursos naturais, combustíveis e, ainda por cima, não faz a devida separação do material reciclado? Poucos fazem o dever de casa de, pelo menos, separar o que pode ser reciclado, porque a maioria joga esses materiais por aí pelas ruas, daí eles são carreados para os bueiros, que os levam para os cursos d’água, que chegam aos rios, que tem como destino final o mar. Então, preste atenção, o papelzinho de bala, ou a garrafa pet que você joga no chão aí na sua cidade, esteja ela a que distância estiver do mar, vai chegar até ele e isso causa mais um monte de desequilíbrio ambiental, pois peixes e tartarugas comem esse negócio, que também ficam depositados em corais e no fundo mar, morrem, prejudicando a complexa cadeia alimentar lá no oceano, que tem os plânctons, que ajudam na produção de oxigênio, que com o aquecimento e a sujeira também são afetados, e aí, já viu o que acontece…

É mais que urgente tomarmos consciência de que nossa vida atual pode, e está, destruindo a vida de quem está por vir, daí eu volto à pergunta que fiz no início desse texto: teremos futuro? Como o planeta vai estar nesse futuro? Quanto tempo ainda a espécie humana vai existir? O planeta conseguirá reagir? Essa pergunta eu respondo. No ritmo que está indo a degradação, acredito que não vai reagir, e a saída será o Cabo Canaveral? Para onde vamos, Marte, Lua, seremos viajantes do espaço eternamente? Poxa vida, quantas perguntas sem resposta!

Posso estar sendo otimista demais, talvez até muito ignorante sobre esse assunto, mas eu acredito que ainda tem jeito, e passa pela conscientização maciça das pessoas, cada uma dessas oito bilhões de cabeças em cima da Terra, precisa ser massacrada com informações sobre o clima, o meio ambiente, e não só isso, devem aprender como viver usando menos recursos naturais, um desafio enorme, que deve ser assumido por governos, tanto dos países ricos, quanto de países pobres, numa rede de apoio mundial pelo bem das pessoas. Utopia? Talvez, mas é o que estou pensando agora. Não adianta reunirem-se os líderes mundiais em conferências climáticas, assinarem acordos de redução de emissões, de desmatamento e depois das fotos protocolares tudo voltar ao normal, se não me engano nenhum desses acordos teve plena adesão das nações, e das que aderiram nenhuma delas conseguiu alcançar os índices propostos, suponho, não consultei nenhum documento, informo, mas acredito estarem bem longe disso.

E não tendo apoio de governos, dos maiores líderes, que estão preocupados com o comércio de seus países, com a movimentação financeira, com o dinheiro para financiarem suas guerras, seus arroubos expansionistas e de poder, uns querendo ser mais ricos que os outros, uns abandonando seu povo à própria sorte, espalhando a ignorância e a desinformação, o que faremos? Vamos esperar a morte resignados, ou lutaremos para que as próximas gerações possam ter dignidade e um lugar mais saudável para viver? Porque, não se engane, esse negócio de colonizar Marte, a Lua, ou sei lá onde, está muito longe de acontecer, e, acontecendo, não vai caber todo mundo lá.

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