Conta de luz deve seguir com bandeira vermelha ou amarela até o fim do ano, diz presidente da Aneel
A conta de energia dos brasileiros deve permanecer mais cara até o final deste ano, conforme avalia o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Barbosa. A estimativa é que, por conta do aumento da estiagem e das incertezas sobre o clima, a agência precise manter a bandeira vermelha ou amarela para arcar com os custos do acionamento das usinas termelétricas.
Questionado sobre a possibilidade após um evento que tratou sobre as tarifas na conta de energia, realizando nesta quarta-feira em Brasília, Sandoval disse que não há uma estimativa de qual será a tarifa imposta sobre o consumidor, mas afirmou que a possibilidade é estudada.
“A estimativa não fizemos ainda, mas há grande tendência de que [a bandeira] permaneça entre amarela e vermelho até o final do ano”, disse o presidente da Aneel.
Em julho, a bandeira amarela foi acionada pela primeira vez desde abril de 2022, por causa do maior uso das usinas termelétricas, que têm operação mais cara que as hidrelétricas. Já em setembro, foi acionada a bandeira vermelha, que não era usada desde 2021.
A “bandeira vermelha patamar 1″, em vigor atuamente, representa um valor extra de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh). No nível mais alto, estabelecido pela “bandeira vermelha patamar 2”, essa sobretaxa chega a R$ 7,87 a cada 100 (kWh).
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
Fonte: Itatiaia